Efeito da fatiga na SPA da articulação tibiotársica em atletas de futebol americano
Abstract
O número de praticantes de futebol americano tem aumentado nos últimos anos, trazendo consigo um aumento da carga e horas de treino e consequentemente uma maior probabilidade da ocorrência de lesões.
Objectivo: Avaliar o efeito da fadiga na sensação de posição articular da articulação tibiotársica, especificamente nos movimentos de flexão dorsal e flexão plantar.
Materiais e Métodos: Este estudo incluiu 17 atletas do género masculino, do Porto Renegades – Clube de Futebol Americano. Para a avaliação, recorreu-se a um questionário de caracterização da amostra, à avaliação podológica e à avaliação da sensação de posição articular da tibiotársica nos movimentos de flexão plantar e flexão dorsal. Esta foi efectuada através de fotogrametria, em dois momentos de avaliação (pré e pós-treino) e para a sua análise recorreu-se ao programa SAPO®. Utilizou-se o Teste TStudent emparelhado para a comparação entre os dois momentos de avaliação (pré e pós-treino) e para as comparações intragrupais (Offensive e Defensive). Para comparações intergrupais utilizou-se o Teste T-Student para amostras independentes. O nível de significância utilizado foi fixado em p< 0,05.
Resultados: No Erro Relativo da flexão plantar (inicial = -0,1º ± 4,7º; final = - 0,4º ± 4,9º) e flexão dorsal (inicial = 1,2º ± 4,7º; -0,2º ± 4,3º) não se verificando diferenças estatisticamente significativas (F.P. p=0,817; F.D. p=0,308). O Erro Absoluto da flexão plantar (inicial = 3,6º ± 2,9º; final = 3,8º ± 3,0º) e flexão dorsal (inicial = 4,2º ± 2,2º; final = 3,3º ± 2,6º), não se verificando diferenças estatisticamente significativas.
Conclusão: A fadiga muscular pós-treino não altera significativamente a sensação de posição articular da tibiotársica nos movimentos de flexão plantar e flexão dorsal.