dc.description.abstract | Os freios bucais são faixas de tecido conjuntivo fibroso, muscular ou fibro-muscular,
cobertos com uma membrana mucosa localizados na linha média e de origem congénita.
O freio lingual, por vezes, pode apresentar alterações no seu tamanho, dificultando algumas
tarefas da língua podendo restringir a sua mobilidade. A anquiloglossia é uma das
anomalias deste freio caracterizando-se por uma anomalia congénita, apresentando-se o
freio lingual curto. Existem dois tipos de freios labiais, os superiores e os inferiores. Ambos
têm características idênticas, a sua estrutura é dinâmica e modificável, estando sujeita a
mudanças de forma, tamanho e posição ao longo das diferentes fases de crescimento e
desenvolvimento. A sua tendência ao longo do tempo é de diminuir o tamanho e
importância, sendo na criança largo e grosso, ficando mais fino e pequeno ao longo do
desenvolvimento. As inserções anormais do freio provocam uma tração anormal dos
movimentos labiais podendo causar alterações nos tecidos periodontais, aspeto estético
desfavorável, afetar a fonação de algumas letras, induzir a hábitos viciosos e interferir na
escovagem dentária. A frenectomia é uma boa resolução cirúrgica para os problemas do
freio, tanto lingual como labial. Esta técnica cirúrgica pode ser efetuada por várias técnicas
convencionais e a laser, apresentando diferença na sua execução, na cicatrização e no pósoperatório. A frenectomia é uma técnica eficaz na remoção de freios anormais podendo
sofrer variações, segundo a extensão, inserção e grau de envolvimento do freio. A
frenectomia labial e lingual pode ser efetuada por motivos de ordem periodontal,
ortodôntica e protética, bem como funcional. Existem várias técnicas cirúrgicas
convencionais descritas na literatura e mais recentemente o laser tem-se revelado como
alternativa terapêutica inovadora, segura e eficaz. | pt_PT |