dc.description.abstract | Vários factores patológicos como trauma e cárie em dentes permanentes
imaturos podem levar á necrose pulpar, infecção e interrupção no desenvolvimento das
raízes. As consequências da interrupção do desenvolvimento incluem raízes com paredes
dentinárias finas, ápices abertos e um aumento do risco de fratura de raiz. O tratamento
convencional, apexificação, não é eficaz e apresenta inúmeras desvantagens, que vão
sendo cada vez mais evidentes nestes casos. A endodontia regenerativa tem mostrado ser
uma excelente alternativa, embora muito recente, cada vez mais casos clínicos têm
provado a sua eficácia. Objetivos: Compreender em que consiste a endodontia
regenerativa e entender as suas bases biológicas a propósito de um caso clínico. Material
e métodos: Para a realização deste trabalho foi feita uma pesquisa bibliográfica com
recurso á base de dados da Pubmed e ResearchGate, com a utilização de palavras-chave:
“regenerative endodontics”, ““revitalization”, “pulp revascularization”, “platelet rich
fibrin”, “pulp regeneration”, “apexification”. Estado de arte: Durante muitos anos e ainda
atualmente é utilizado um tratamento de referência na Medicina Dentária para casos de
dentes imaturos, necrosados com ápice aberto, que se designa por apexificação. Trata-se
de um método de indução de uma barreira calcificada numa raiz com foramen apical
aberto em dentes com polpa necrótica. Vários foram os materiais utilizados para fazer o
selamento apical com esta técnica, sendo o MTA o mais atual e eficaz. Em 2001 foram
iniciados em humanos os procedimentos de endodontia regenerativa, que se trata de uma
nova abordagem para estas situações. Permite a possibilidade de apexogénese e
maturogénese dos dentes permanentes imaturos necrosados. Neste trabalho referimos
vários casos clínicos recentes de sucesso utilizando esta técnica aliada ao uso da
membrana de PRF. Esta membrana é um biomaterial autólogo constituído por leucócitos,
plaquetas e uma grande variedade de proteínas-chave de regeneração. Caso clínico: Sobre
um paciente com 34 anos de idade, assintomático com o dente 11 imaturo, com ápice
aberto e onde não foi realizado ainda nenhum tratamento. Depois de realizado o devido
diagnóstico, propôs-se ao paciente a realização de endodontia regenerativa com o uso da
membrana de L-PRF®, foram transmitidos todos os riscos e benefícios e o paciente
concordou e aceitou a realização deste tratamento. Palavras-chave: “endodontia
regenerativa”, “revascularização pulpar”, “revitalização”, “membrana PRF”, “regeneração
pulpar”,“apexificação”. | pt_PT |