| dc.description.abstract | As perfurações radiculares são comunicações iatrogénicas ou patológicas, situadas
entre o sistema de canais radiculares e os tecidos de suporte dos dentes, que provocam
reações inflamatórias crónicas podendo levar à perda do ligamento e, consequentemente,
à perda do dente. Estas podem comprometer o resultado do tratamento e influenciar o
prognóstico se não forem devidamente controladas.
Atualmente, existe uma grande variedade de materiais para o tratamento destas
lesões. Há na literatura um grande número de opções relativamente ao plano de tratamento
e aos fatores que afetam o prognóstico destas situações: o local, o tamanho, o tempo da
perfuração e os vários materiais utilizados. O material ideal deverá apresentar as seguintes
características: não ser tóxico nem absorvível, ser radiopaco, bacteriostático e bactericida,
além de proporcionar um selamento adequado contra a infiltração. O objetivo é selar
hermeticamente a comunicação entre o espaço endodôntico e o tecido perirradicular de
forma a evitar a reabsorção do osso alveolar, danos no ligamento periodontal e a
contaminação por microrganismos ou exsudados.
O MTA (Agregado de Trióxido Mineral), ao longo dos anos, mostrou ser o material
mais adequado no tratamento destas lesões, mas apresenta inconvenientes ao nível do
manuseamento, elevado tempo de presa, descoloração e custo. Na última década, surgiram
novos materiais biocerâmicos, como: o Biodentine, o Endosequence, o Bioagreggate e o
New Cement Endodontic apresentando propriedades semelhantes às do MTA, mas com
características aperfeiçoadas que os tornam promissores no tratamento das perfurações | pt_PT |
