Ergonomia e as Desordens Músculo-Esqueléticas na Medicina Dentária
Résumé
Este relatório final de estágio tem como objetivos demonstrar a importância da
ergonomia na medicina dentária, determinar as regiões do corpo mais afetadas pelas
desordens músculo esqueléticas e reconhecer algumas estratégias para a prevenção das
mesmas.
Materiais e métodos: Foi efetuada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados: Pubmed,
Research Gate e Scielo. Foi realizado um questionário para os estudantes de medicina
dentária do 5º ano do Mestrado Integrado em Medicina Dentária do Instituto Universitário
Ciências da Saúde e outro para médicos dentistas docentes no Instituto referido
anteriormente e a médicos dentistas que trabalham na região de Paredes. Sendo que a
amostra é constituída por 110 indivíduos. A análise estatística foi realizada no SPSS 23 e no
Excel 2013.
Resultados: Os estudantes foram inqueridos sobre se achavam que tinham formação
ergonómica suficiente para a sua prática clínica, sendo que 31 (56,36%) considera que não.
A maioria dos médicos dentistas, 51 (92,73%) considera ter conhecimentos de ergonomia.
Relativamente à questão da adoção de uma postura ergonómica há diferenças entre os
estudantes e os médicos dentistas. Dos 55 estudantes, 33 (60%) não trabalha
ergonomicamente, enquanto 31 (56,36%) dos médicos dentistas assume que o faz. Nenhum
dos estudantes faltou ao trabalho devido a um desconforto/dor músculo-esquelético,
enquanto 6 médicos dentistas já o fizeram.
Conclusão: Desde os anos de faculdade que os alunos devem ser instruídos acerca da
ergonomia, uma vez que é nos primeiros anos de prática clínica que se adquirem os hábitos
de trabalho. As desordens músculo-esqueléticas afetam maioritariamente os estudantes e
os médicos dentistas na zona das costas. Quanto à prevenção das desordens músculoesqueléticas devemos terem conta vários aspetos, como por exemplo adotar uma postura
ergonómica, efetuar pausas entre as consultas e praticar exercício físico