Desempenho neurocognitivo e qualidade de vida em adolescente e jovens adultos com cardiopatias congénitas
Abstract
As Cardiopatias Congénitas são malformações estruturais do coração ou dos grandes vasos que decorrem durante o desenvolvimento fetal, sendo consideradas a doença cardíaca mais comum na infância. Esta população apresenta um pior desempenho neurocognitivo, podendo estar associado a fatores como a gravidade da doença, as intervenções cirúrgicas e as hospitalizações frequentes. Crianças com esta doença poderão apresentar limitações ao nível da atividade física, baixa aceitação social, imagem corporal negativa, baixos resultados académicos, entre outros. Estes fatores poderão levar ao isolamento e à solidão, sendo preditores de uma má perceção da qualidade de vida.
Esta investigação torna-se pertinente no sentido em que, possibilita a identificação de fatores influenciadores do desempenho neurocognitivo e da perceção da qualidade de vida, permitindo, no futuro, uma melhor intervenção nesta área.
Com este estudo, procurou-se apurar de que forma o desempenho neurocognitivo de adolescentes e jovens adultos com Cardiopatias Congénitas poderá ter impacto na sua qualidade de vida. Para este estudo, foram recolhidos dados de 327 participantes, sendo que 80 pertenceram ao grupo de controlo. Os resultados permitiram observar que o desempenho neurocognitivo é um fator determinante na qualidade de vida, verificando-se uma pior perceção desta última em vários domínios quando o desempenho neurocognitivo é inferior.