dc.description.abstract | A erupção dentária é um processo fisiológico de maturação que consiste no movimento axial do dente até à sua posição funcional no plano oclusal. Por vezes, este fenómeno biológico não ocorre e o órgão dentário não erupciona, encontrando-se no interior da maxila ou da mandíbula rodeado por tecido ósseo e mucosa, designando-se dente incluso.
A inclusão de dentes permanentes é relativamente comum e afeta, normalmente terceiros molares, seguido de caninos superiores, pré-molares inferiores, caninos inferiores, pré-molares superiores, incisivos centrais superiores e segundos molares inferiores. Os distúrbios na erupção de primeiros e segundos molares permanentes são bastantes raros, mais invulgar ainda são as impactações múltiplas.
Muitas são as causas de impactação, entre elas estão fatores genéticos, sistémicos e locais. A impactação dentária pode ser considerada primária ou secundária, sendo que na primária o dente permanece retido no tecido ósseo. Já na secundária, o dente interrompe a sua erupção após o aparecimento na cavidade oral, sem razão aparente, apresentando-se em infra-oclusão e anquilosado. O seu diagnóstico é feito através de exames clínicos e exames radiográficos.
O tratamento pode ser efetuado de três formas: abstenção, extração e colocação do dente na arcada. Quando existe contraindicação em efetuar qualquer intervenção cirúrgica opta-se pela abstenção, com posterior controlo clínico e radiológico periódico. Procede-se à extração quando a colocação do dente na arcada é impossível, quando a inclusão apresenta patologias associadas ou malformações dentárias. Por fim, pode-se recorrer a tratamento cirúrgico-ortodôntico, verticalização cirúrgica ou transplante dentário se as condições forem favoráveis, embora sejam tratamentos sem plenas garantias de sucesso | pt_PT |