Respiração Oral - Consequências e Tratamento Funcional
Abstract
Este trabalho tem por objetivo caracterizar a síndrome do respirador oral nas crianças e estudar o papel do médico dentista ou de outras áreas da saúde no diagnóstico precoce, prevenção e tratamento da síndrome.
Foi feito uma pesquisa na PubMed em artigos escritos de inglês com palavras-chave relevantes para o tema entre os anos 1993 e 2017.
A respiração é a primeira função vital do organismo, surge logo no momento do nascimento e permite ao recém-nascido ficar preparado para a vida.
A respiração pode ser sobretudo nasal e oral ou mista. Pode solicitar os músculos abominais, intercostais ou o diafragma e recrutar músculos acessórios como sendo principais que criam disfunções no padrão respiratório com as suas inerentes consequências.
A respiração nasal filtra partículas e microrganismos existentes no ar assim como humidifica e o aquece de modo a que chegue aos pulmões em melhores condições.
Sabe-se o comprometimento desta função tem repercussões físicas e psicologias no ser humano, podendo diminui a sua qualidade de vida.
Na literatura mais recente surgem diversas alterações relacionadas com o padrão respiratório, sistémicas e locais. Entre elas podem se considerar alterações do padrão postural, comportamentais, do sono, alterações dos músculos da respiração ou mesmo a diminuição da capacidade pulmonar. A nível local e na estrutura craniofacial encontramos, fácieis adenoide, alterações olcusais, hiperdivergência do plano oclusal, surgimento de cáries, alterações salivares, lábios hipotónicos e comprometimento estético.
A intervenção precoce do médico dentista em simultâneo com outras especialidades pode contribuir par um melhor desenvolvimento físico, psicológico e social do individuo.
Embora os estudos não sejam unanimos na caracterização, identificação, intervenção na síndrome do respirador oral, verifica-se que o problema existe, é expressivo e prejudica a saúde da nossa população.