Seleção de cor em restaurações estéticas. Protocolo de transmissão de informação clínica-laboratório
Abstract
Conseguir resultados satisfatórios com restaurações estéticas recorrendo a materiais cerâmicos depende de múltiplos fatores sendo este o grande desafio para as equipas de profissionais que intervêm no processo.
Partindo da premissa que uma correta morfologia das peças a restaurar é a condição mais importante para atingir a impercetibilidade da mesma, reproduzir um dente com aspeto natural exige um conhecimento de características óticas próprias das estruturas que o constituem, como: translucidez, opalescência, fluorescência, bem como a natureza da luz, da sua perceção pelo olho humano e a interpretação pelo cérebro como uma cor.
Quando observamos o dente para a seleção de cor, o que vemos é o resultado do conjunto de todas as características mencionadas anteriormente, além do matiz, croma e valor. A destreza e o conhecimento da equipa é fundamental para a obtenção do sucesso neste processo. O médico dentista deve transmitir todas as informações necessárias, bem como realizar todas as preparações e impressões inerentes ao tipo de restauração, e o protésico interpretar essa mesma informação e elaborar uma restauração estratificada com todas as características necessárias. Daí a relevância do trabalho em equipa e do domínio dos conhecimentos de todos estes conceitos e do comportamento dos materiais restauradores. O presente trabalho tem por objetivo revisar as características óticas das estruturas coronais assim como explanar o processamento da cor a fim de estabelecer um protocolo de informações sobre cor, que seja reprodutível e que melhore a comunicação entre o clínico e o técnico de prótese dentária, tornando esta equipa mais competente.