dc.description.abstract | A respiração oral é um hábito extremamente frequente, particularmente na população pediátrica, e é uma condição bastante complicada uma vez ter um vasto leque de etiologias. Acredita-se que ao longo do tempo ela possa influenciar o padrão de desenvolvimento das estruturas craniofaciais, levando a alterações importantes da oclusão dentária. Também terá impacto negativo na postura corporal, levando a adaptações prejudiciais, no comportamento e no estado psicológico do dia-a-dia.
Objetivos: Rever os estudos existentes enfocando a respiração oral, o seu impacto na oclusão na qualidade de vida do paciente desde a sua infância, determinar de que modo as consequências da respiração alterada não só afetam o indivíduo tanto a nível oral, mas também o corpo como um todo, e compreender de que maneira estas alterações podem afetar a qualidade de vida.
Material e Métodos: Revisão sistemática da literatura através de bases de dados online. Primeiramente foi realizada uma busca das palavras-chave no site da PubMed e EbsCohost. Na segunda etapa, os artigos foram selecionados com base nos critérios de inclusão: adequação ao tema pesquisado, estar disponível em Português, Inglês ou Espanhol. Todos os artigos pré-selecionados passaram por uma análise de seus títulos e resumos e posteriormente foram lidos na integra para verificação da adequação ao tema.
Resultados: Os fatores etiológicos mais importantes da respiração oral incluem a obstrução mecânica do nariz, da faringe ou pelo próprio hábito. As alterações oclusais mais frequentemente observadas no respirador oral são a mordida cruzada posterior, palato ogival, retrusão e menor tamanho da mandíbula, altura facial anterior aumentada, mordida aberta anterior e menor overbite, e classe II divisão I de Angle. Quanto à qualidade de vida é praticamente consensual o impacto da respiração oral sobre esta, relata-se problemas nasais, posturais e na performance escolar, que vão afetar o comportamento da criança ao transtorna-la.
Conclusões: O diagnóstico e a intervenção precoce das alterações respiratórias podem evitar transtornos futuros para o complexo craniofacial e qualidade de vida. Deve avaliar-se a frequência, duração e a intensidade do hábito o mais cedo possível, e obter uma abordagem multidisciplinar minuciosa. | pt_PT |