| dc.description.abstract | O analfabetismo é a incapacidade para ler ou escrever mensagens simples. A nível mundial um em cada cinco adultos é analfabeto. Na europa ocidental esta população representa 10% sendo que na faixa etária mais idosa este valor duplica. Em Angola a percentagem de adultos analfabetos ronda os 27% da população. No entanto, em 1975 segundo o então Ministro da Educação Pinda Simão (2015), 85% da população angolana não sabia ler nem escrever. O baixo nível de educação e a incapacidade de ler ou escrever são consideradas como importantes fatores de risco para a evolução das demências, nomeadamente a doença de Alzheimer, devido a fraca capacidade de reserva cognitiva. A maioria dos instrumentos de avaliação neuropsicológica existentes, dependem de capacidades de escrita, de leitura e de conhecimento educacional.
O objetivo deste trabalho consiste na aplicação de um teste neuropsicológico para a avaliação breve da memória de curta duração (TNI-93) a indivíduos analfabetos e com baixo nível educacional, estabelecendo os dados comparativos entre os dois grupos de indivíduos.
A amostra foi constituída por 79 indivíduos idosos, sendo 30 analfabetos e 49 com escolaridade, selecionados a partir de Lares de Terceira idade da Cidade do Sumbe, Cuanza-Sul. As idades dos participantes foram compreendidas entre os 60 e 83 anos.
Porém, importa frisar que foram cumpridos todos os pressupostos de consentimento prévio.
Para esta breve avaliação aos idosos analfabetos foram utilizados os testes das nove Imagens.
Os resultados sugerem que o grupo de idosos analfabetos apresentam pontuações inferiores comparativamente ao grupo com escolaridade. Este padrão de resultados é concordante com a literatura especializada atual e reforça a ideia de que a escolaridade é um importante factor de reserva cognitiva. | pt_PT |
