Desgaste Interproximal de Esmalte no Tratamento Ortodôntico
Abstract
O desgaste interproximal do esmalte é realizado diminuindo a dimensão mesio-distal dos dentes, tendo como finalidade a obtenção de espaço para o alinhamento dentário. Está indicado em casos de apinhamento leve ou moderado nas arcadas dentárias, com discrepâncias de Bolton, alterações da forma do dente, aumento da retenção, estabilidade após o tratamento ortodôntico, normalização do contorno gengival, eliminação de triângulos negros gengivais e correção da curva de Spee.
Desta forma os objetivos deste trabalho são: descrever as indicações e contra-indicações do desgaste interproximal de esmalte; indicar a quantidade e locais do desgaste interproximal; indicar as técnicas e instrumentos mais utilizados e analisar as complicações e efeitos iatrogénicos que podemos encontrar associadas à técnica.
Para a realização deste trabalho foram realizadas pesquisas nas bases de dados científicos como PubMed, ScienceDirect, EbscoHost, Google Scholar, SciELO e livros da especialidade sendo selecionados os artigos mais relevantes para o tema.
O desgaste interproximal representa uma alternativa às extrações ou expansões nos casos em que as extrações não estão indicadas, melhorando a estética e reduzindo o tempo de tratamento. A redução pode então ser realizada nos dentes anteriores e posteriores, utilizando tiras de lixas metálicas, discos abrasivos e brocas, correspondendo a um processo irreversível que exige precauções durante a sua execução. É amplamente aceite que 50% do esmalte proximal é a quantidade máxima que pode ser removida. Aplicando a regra dos 50%, permite desgastar 0,5mm na superficies mesial e distal de todos os dentes, exceto nos incisivos inferiores onde se pode desgastar 0,3mm por superficie, sem prejudicar o dente. Efectuado um correcto polimento e subsequente higiene oral adequada, não serão provocados efeitos indesejáveis sobre o esmalte e ligamento periodontal.