Mucosite Oral em Pacientes submetidos a Quimioterápicos
Abstract
O cancro da cabeça e do pescoço é uma patologia cada vez mais frequente na população mundial. O tratamento antineoplásico danifica células e tecidos saudáveis surgindo os efeitos adversos. As principais complicações advindas do tratamento neoplásico são a xerostomia, osteorradionecrose, a perda do paladar, bem como as infecções fúngicas, bacterianas e virais, trismo e a mucosite. A mucosite oral é uma inflamação da mucosa oral causada pelos efeitos citotóxicos da quimioterapia.
Metodologia: Para a realização deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados: PubMed, Ebscohost.com, NCI, ResearchGate e Google Académico com a utilização das seguintes palavras-chave: “Cirurgia Oral”, “pacientes oncológicos”, “pacientes em quimioterapia”, “fatores risco quimioterapia”, “efeitos quimioterapia”, “mucosite oral”, “efeitos secundários”, “tratamento mucosite”, “laserterapia”. Foram encontrados 63 artigos e foram selecionados 40 redigidos em português e inglês, publicados entre 2003 e 2017.
Discussão: O objetivo em qualquer plano de tratamento de uma neoplasia, é a sobrevivência do paciente e a eliminação das células tumorais, com mínima interrupção da atividade celular normal. A quimioterapia está indicada para tumores avançados em que a ressecabilidade está posta em causa, ou existe uma doença disseminada ou recidivada. Os parâmetros que podem influenciar a incidência e a severidade da mucosite oral, incluem idade, género, diabetes, síndrome de imunodeficiência adquirida, doença renal, doença periodontal preexistente, fatores genéticos, estado nutricional, microflora oral e uso de álcool e tabaco. É recomendado o uso de escovas com cerdas macias, uso de fio dentário e o uso colutórios orais não medicamentosos, no momento do tratamento da mucosite oral.
Conclusão: O médico dentista tem extrema importância nas diferentes fases terapêuticas antineoplásicas. Um acompanhamento correto pode reduzir de forma efetiva as infeções secundárias, bem como promover a prevenção dos efeitos adversos orais que pode ocorrer durante e após o tratamento. A prevenção, o tratamento e o alívio da sintomatologia dolorosa da mucosite oral induzida por quimioterapia ainda não estão bem definidos, no entanto, descobriu-se que a lavagem com nistatina é eficaz na redução da severidade da mucosite oral, induzida por quimioterapia. Entender a biologia, a incidência e o estádio deste efeito adverso comum das terapias antineoplásicas, é essencial para a pesquisa e para os planos de tratamento