Implantes Pterigóides: solução alternativa de reabilitação da maxila severamente atrófica
Abstract
Substituir os dentes perdidos na maxila posterior é sempre um desafio para o Médico Implantologista, pois a maxila posterior apresenta numerosos obstáculos na forma de qualidade, quantidade, anatomia do seio maxilar e inacessibilidade. Para superar essas deficiências, vários procedimentos cirúrgicos, como aumento do seio, aumento do osso, implantes inclinados, implantes curtos, implantes pterigoides e implantes zigomáticos foram testados. A região pterigomaxillar fornece uma excelente área para colocação de implantes.
Objectivo: Realizar uma análise detalhada sobre a alternativa cirúrgica de posicionamento dos implantes pterigóides. Partindo dos aspetos anatômicos fundamentais, que esta técnica exige conhecer, as condições em que o uso deste procedimento é indicado, até a explicação das características deste implante, o procedimento cirúrgico com o protocolo específico, enfatizando as vantagens e desvantagens desta abordagem. Materiais e métodos: extensa recolha bibliográfica, tendo sido efetuada uma pesquisa em livros, teses de mestrado e em revistas científicas na área da medicina. Procedeu-se a uma busca nas bases de dados bibliográficos em motores de pesquisa on-line da PubMed. Reuniram-se 62 artigos publicados entre os anos 1987 e 2017. Após a sua leitura e análise foram considerados 32 artigos que na nossa opinião apresentavam metodologia científica adequada para as conclusões neles enunciadas. Discussão: O implante pterigoide é uma alternativa para o grande aumento do seio maxilar e
tem um comprimento médio de 16mm, inclinação de 45 ° no plano sagital e 15 ° no plano lateromedial, que a partir do tubérculo maxilar intercepta as lâminas ósseas da fossa pterigoide no osso esfenoide. A técnica consiste em utilizar um pilar de resistência do esqueleto facial, em que, fisiologicamente, as forças são descarregadas durante os ciclos de mastigação com dentes naturais.
O implante, posicionado intraoralmente com o corpo e com o ápice no pilar, permite que as cargas sejam transferidas diretamente para o pilar, contornando os dentes e o osso alveolar.
Implantes posicionados nesta região fornecem excelente suporte para os ossos posteriores sem necessidade de elevar o seio maxilar. Conclusão: Da literatura percebe-se que os implantes pterigóides têm alto índice de sucesso com mínimas complicações