dc.description.abstract | A depressão pós-natal (DPN) é uma perturbação, com elevada prevalência em termos mundiais, que afeta não só a mãe, mas também o pai após o nascimento de um filho. Pelo que, a saúde infantil pode ser afetada por um exercício de parentalidade prejudicado na sequência de DPN. Com base neste pressuposto, o presente estudo consiste na Fase 2 do Momento de Avaliação 6 de uma linha de investigação longitudinal dedicada à DPN com início em 2006, que integrou inicialmente cerca de 198 famílias. O estudo que agora se apresenta contempla 53 mães e respetivos filhos, assim como 35 companheiros. Os instrumentos utilizados foram a Escala Hospitalar de Ansiedade e
Depressão (HADS), o Inventário de autoavaliação do comportamento para adultos
(IAACA), a Child Behaviour Checklist (CBCL), o Youth Self Report (YSR), o
Questionário Suporte Social (QSS) e a Checklist de Acontecimentos de Vida. Os dados
foram analisados em função da organização dos/as participantes em dois grupos:
jovens cujas mães tiveram DPN e jovens cujas mães não tiveram DPN. Ao nível do funcionamento psicológico e do comportamento dos jovens não existiram diferenças significativas entre os dois grupos, para além de que, os resultados da avaliação não têm significado clínico. Destaque-se as raparigas cujas mães tiveram DPN apresentaram valores inferiores ao nível do comportamento delinquente, comparativamente com as raparigas cujas mães não tiveram DPN, sendo estas diferenças estatisticamente significativas. Relativamente às perceções dos pais acerca dos seus filhos, ressalta que na subescala problemas sociais, os jovens cujas pais não tiveram depressão pós-natal apresentam valores mais elevados, comparativamente com os rapazes cujos pais tiveram DPN, sendo estas diferenças estatisticamente significativas. No que diz respeito ás correlações ao nível do CBCL das mães e do YSR dos filhos, verificámos 13 correlações positivas e estatisticamente significativas | pt_PT |