A Frenectomia, da criança ao adulto
Abstract
O freio oral apresenta-se como uma estrutura anatómica constituída por pregas finas de membrana mucosa e tecido conjuntivo, podendo incluir fibras musculares na sua constituição. A cavidade oral apresenta diversos freios: o freio labial maxilar, o freio labial mandibular, o freio lingual e os freios laterais menores. Devido à complexidade do desenvolvimento dos freios, existem várias anomalias. Muitas vezes a frenectomia (dos freios linguais e/ou labiais) é a solução para este problema, sendo definido como um ato cirúrgico, que consta na remoção do freio oral considerado patológico.
Objetivo: Efetuar uma revisão da literatura sobre a prática cirúrgica da frenectomia, determinando as tipologias dos freios considerados anormais, o momento ideal de intervenção, e determinar as diferentes técnicas cirúrgicas atuais.
Estado atual do conhecimento: O freio labial maxilar pode ser o responsável pelo diastema interincisivo, com tudo, na maior parte dos casos é autocorregido com a erupção dos caninos maxilares. O freio labial mandibular pode precisar de cirúrgia nos casos em que se apresenta curto, sendo responsável pela retração gengival. O freio lingual é considerado hipetrófico, quando a mobilidade da língua é reduzida. O diagnóstico da anquiloglossia ocorre normalmente em crianças entre 1 e 3 anos de idade. Entre as várias técnicas cirúrgicas, as técnicas atuais com laser parecem ser uma boa alternativa à cirurgia convencionais com lâmina de bisturi.
Conclusões: Em relação ao freio labial superior, em regra, não deve ser realizada qualquer intervenção antes da erupção dos caninos maxilares definitivos. A remoção do freio labial inferior está indicada na idade adulta quando occorem alterações periodontais. O freio lingual quando interfere com a amamentação dos recém-nascidos e, em crianças quando interfere com a fala, deve ser realizada cirurgia. Entre os vários métodos para realização da frenectomia, as técnicas inovadoras com laser apresentam várias vantagens como, cirurgia mais rápida, menor quantidade de anestesia local, menores compliacações pós-operatórias, menor dano muscular, e pode não haver necessidade de realizar sutura e haver hemóstase instantânea.