Espigões Intraradiculares Influência do desgaste dentinário na resistência radicular
Abstract
O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão integrativa da literatura sobre a influência que tem a espessura dentinária na resistência radicular à fratura. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica na PubMed (via National Library of Medicine) usando os seguintes termos de pesquisa:” endodontic post” ou “intracanal post” ou “remnant dentin” e “Residual dentin thickness” e “fracture”. A pesquisa identificou 256 estudos, dos quais 16 foram considerados relevantes para este estudo. Esses estudos forneceram dados importantes levando em consideração: tipo de dente, avaliação da espessura dentinária, o tipo de preparação protética, sistemas de espigões e tipos de fratura. Na preparação protética para espigão devem ser avaliados parâmetros de anatomia interna radicular, para evitar desgastes excessivos em zonas de remanescente dentinário inferior a 1mm, que comprometam a resistência à fratura nomeadamente em pré-molares e raízes mesiais dos molares inferiores. O procedimento de limpeza da destruição provocada pela lesão de cárie é o procedimento que causa maior perda de volume dentinário, contudo são os preparos protéticos para espigão metálico pré-fabricado que levam a alterações excessivas dentro do canal radicular, aumentando a suscetibilidade à fratura. Os espigões metálicos demonstram maior resistência à fratura, porém este tipo de espigões conduz a maior número de fraturas catastróficas. Os espigões de fibra têm características semelhantes à dentina, estando os casos de insucesso relacionados maioritariamente com falhas adesivas, menos graves. A preparação protética deverá garantir o perfeito ajuste entre a forma do espigão e a anatomia canalar, com a menor destruição possível de tecido dentário remanescente, já que a literatura é clara ao defender que este é o principal fator de sobrevivência de um dente tratado endodonticamente.