Damage of resin composite and amalgam surfaces after exposure to bleaching agents
Abstract
O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática integrativa sobre os danos
nas superfícies de resinas compostas e amalgamas após exposição a agentes branqueadores
compostos de peróxido de carbamida e de hidrogénio. Foi realizada uma pesquisa eletrônica
na PUBMED usando os seguintes termos de busca: “Amalgam” OR “Resin composite” AND
“Bleaching treatment” AND “Corrosion” OR “Erosion”, “Roughness” OR “AFM” OR
“Profilometry” OR “SEM”.
A busca identificou 127 artigos, dos quais 32 foram considerados relevantes para este
estudo. Os estudos avaliaram os danos das superfícies a partir de análises da rugosidade por
profilometria e microscopia de força atómica (AFM) enquanto os aspetos morfológicos foram
inspecionados por microscopia eletrónica de varrimento (SEM) e AFM. Os resultados
revelaram um aumento significativo da rugosidade do amalgama em escala micrométrica após
contacto com os agentes branqueadores. Já, a rugosidade das resinas compostas foi alterada
em menor escala e dependeu do teor de matriz orgânica dos materiais testados e tempo de
exposição aos agentes branqueadores. Alterações morfológicas das superfícies de amalgama
foram evidenciados por SEM e AFM. Como consequência das alterações morfológicas, foram
iões de Hg, Ag, Cu detetados após contato do amalgama com agentes branqueadores que
podem apresentar toxicidade local e sistêmica. Os produtos da degradação da matriz orgânica
das resinas compostas são à base de monómeros metacrilatos que também podem apresentar
carater tóxico para as células e tecidos circundantes.
Os estudos prévios apresentaram evidencias da degradação de superfícies de
amalgama e resina composta após contacto com agentes branqueadores. A degradação é mais
severa para amalgama e a consequente libertação de iões pode danos aos pacientes como
respostas biológicas adversas locais e sistêmicas