Reabilitação oral dos jovens afetados por Amelogénese Imperfeita
Abstract
Amelogénese imperfeita é uma doença genética rara, que afeta a estrutura e o aspeto do esmalte dos dentes temporários e permanentes. A reabilitação protética da amelogénese imperfeita deve, portanto, responder às exigências estéticas e funcionais, mas deve também ter em conta o impacto psicológico nos pacientes jovens. Quando as formas clínicas são graves, a reabilitação deve ser considerada o mais cedo possível na infância para assegurar a proteção dos tecidos dentários alterados. Pelo contrário, para as formas mais leves, as medidas de prevenção e de fluoretação permitirão a dessensibilização e a preservação destes tecidos durante a infância. Em ambas as situações, o objetivo comum é minimizar as intervenções de forma a preservar o esmalte superficial o melhor possível até à idade adulta, quando se pode realizar um tratamento definitivo, mais estético e duradouro. Para isso, a utilização de opções de tratamento minimalistas, graças aos avanços da odontologia adesiva e ao uso das novas tecnologias (CAD-CAM), é favorecida em detrimento de métodos mais invasivos. Como esta doença tem um grande impacto na autoestima das crianças e adolescentes, ficou demonstrado que a reabilitação oral precoce permite um aumento da autoestima e, portanto, uma melhor socialização da criança no seu ambiente.