Variáveis Psicológicas em Doentes Adultos com Cardiopatia Congénita: sua relação com as Variáveis Clínicas da Doença
Abstract
Este estudo enquadra-se na investigação internacional APPROACH-IS II. O que aqui apresentamos é uma parcela dos dados recolhidos num hospital terciário no Norte de Portugal, tendo como objetivo analisar a associação de algumas das condições clínicas da cardiopatia congénita, como o tipo, a severidade, a presença de cianose, entre outras, com variáveis psicossociais e demográficas selecionadas, em doentes adultos.
Procedimentos: Participaram 45 doentes com cardiopatia congénita de idade igual ou superior a 18 anos de idade (M = 34.35 e DP = 10.61), recrutados na Consulta de Cardiologia de um hospital terciário, sendo 24 do sexo masculino e 21 do sexo feminino. A recolha de dados foi realizada num único ponto temporal, em que foram coligidas informações demográficas, através de entrevista semiestruturada, e administrado um conjunto de questionários de autorresposta para avaliação das variáveis psicossociais selecionadas (para avaliar o estado de saúde percecionado, usamos o RAND-36, para medir o envolvimento parental, o MSPSS, e para avaliar a experiência do doente e os pensamentos sobre o futuro, dois questionários criados pela equipa do APPROACH-IS II). As informações clínicas foram recolhidas a partir do registo médico dos doentes.
Resultados: Apesar de resultados estatísticos pouco expressivos, encontramos uma correlação estatisticamente significativa, embora fraca, entre a gravidade da cardiopatia e a perceção do seu estado de saúde.
Conclusões: A partir dos resultados obtidos foi possível constatar que gravidade da cardiopatia de um adulto com cardiopatia congénita está associada negativamente com perceção do seu estado de saúde. This study is part of the international investigation APPROACH-IS II. We present here a parcel of preliminary data collected at a tertiary hospital in Northern Portugal, aiming to analyze the association of some of the clinical conditions of congenital heart disease, such as type, severity, the presence of cyanosis, among others, with psychosocial and demographic variables in adult patients.
Methods: Participated 45 patients (24 male and 21 female) with congenital heart disease, aged 18 years or older (M = 34.35 and SD = 10.61), were recruited at the Cardiology Consultation of a tertiary hospital and enrolled in this study. Data collection was carried out in a single moment, in which demographic information was collected through a semistructured interview, and a set of self-report questionnaires was administered to assess the selected psycho-social variables (to assess perceived health status, we used the RAND-36, to measure parental involvement, MSPSS, and to assess the patient's experience and thoughts about the future, we used two questionnaires created by the APPROACH-IS II team). Clinical information was collected from the patients medical records, by a member of the medical staff.
Results: Despite little significant statistical results, we found a statistically significant, albeit weak, correlation between the severity of the heart disease and the perception of its health status.
Conclusions: From our data, we could conclude that, in adult patients, the more severe the congenital heart disease heart disease is, the worse the perception of their health status.