Realidade Virtual em odontopediatria e analgesia
Abstract
Introdução: A gestão da dor e da ansiedade é uma parte importante dos cuidados odontológicos pediátricos. Para reduzir estas limitações, especialmente as relacionadas com o ambiente, existe uma variedade de técnicas, incluindo a distração audiovisual (DAV).
Objetivo: Avaliar a eficácia da DAV na gestão da dor e da ansiedade.
Materiais e métodos: Revisão de artigos em inglês sobre PUBMED e EBSCO entre 2011 e 2021.
Resultados: Dos 481 artigos recolhidos, foram selecionados 44 artigos, incluindo 28 ensaios controlados randomizados e 8 revisões sistemáticas da literatura. 27 referiram-se à realidade virtual (RV), os outros abordaram diferentes técnicas (televisão, jogos para telemóvel, etc.) ou compararam os diferentes métodos entre eles.
Discussão: Ansiedade e dor, através da sua dimensão psicológica, estão associadas à quantidade de atenção consagrada a este estímulo desagradável. A RV permite mudar para um mundo paralelo, combinando componentes virtuais, auditivos e sensoriais, limitando a interferência de estímulos nociceptivos. A RV é difícil de introduzir na primeira sessão. A comunicação direta, que é essencial, é perturbada pela obstrução dos óculos. O método "Tell-Show-Do" pareceu ser mais apropriado. Mas durante as consultas seguintes, a RV demonstrou ser mais eficaz durante restaurações ou anestesia. A televisão foi menos útil, mas o custo foi mais vantajoso. Os jogos para telemóvel parecem ser mais atrativos e têm menos efeitos secundários, tais como náuseas e dores de cabeça.
Conclusão: A utilização da DAV parece ser uma opção benéfica para pacientes com ansiedade e dor ligeira a moderada. Introduction: The management of pain and anxiety is an important part of the pediatric odontology care. To reduce these constraints, especially those related to the environment, a variety of techniques exist, including audio-visual distraction (AVD).
Objective: To evaluate the effectiveness of AVD in managing pain and anxiety.
Materials and methods: Review of articles in English on PUBMED and EBSCO between 2011 and 2021.
Results: Of 481 articles collected, 44 articles were selected, including 28 randomized controlled trials and 8 systematic reviews of the literature. 27 concerned virtual reality (VR), the others examined different techniques (television, mobile phone games, etc.) or compared the different methods between them.
Discussion: Anxiety and pain, through their psychological dimension, are associated with the amount of attention spent on this unpleasant stimulus. VR makes it possible to switch to a parallel world, combining virtual, auditory, and sensory components, limiting the interference of nociceptive stimuli. VR is difficult to introduce in the first session. Direct communication, which is essential, is disrupted by the obstruction of the glasses. The "Tell-Show-Do" method appeared to be more appropriate. But during the following consultations, VR proved to be more successful during restorations or anesthesia. Television was less helpful, but the cost was more advantageous. Mobile phone games seem to be more attractive, and reduced secondary effects such as nausea and headaches.
Conclusion: The use of AVD seems to be a beneficial option for patients with mild to moderate anxiety and pain.