Técnica BOPT em dentes e implantes: análise da resposta biológica e respetivas complicações. Uma revisão sistemática integrativa
Résumé
Durante muitos anos, as coroas sobre dentes têm sido confecionadas através da preparação dos dentes com uma linha de acabamento horizontal. Em 2013, Ignazio Loi publica e defende um novo conceito: a técnica de preparação vertical sem linha de acabamento ou BOPT.
O objetivo deste estudo consiste em avaliar a resposta dos tecidos periodontais e periimplantares com o uso da técnica BOPT e determinar se é superior a técnica convencional.
Realizou-se uma pesquisa bibliográfica na PUBMED incluindo artigos em idioma inglês publicados nos últimos 10 anos. Um total de 25 publicações foram elegíveis para serem incluídas nesta revisão.
A técnica BOPT tem sido recentemente desenvolvida aplicada quer para dentes como para implantes com a tentativa de compensar as reações periodontais e periimplantares verificadas com a utilização das linhas de terminação e os aditamentos protéticos convencionais. Esta técnica permite que sejam os tecidos moles a adaptarem-se às restaurações simulando a morfologia de um dente natural proporcionando vantagens biológicas e estéticas.
Os resultados obtidos enquanto a índice de placa, profundidade de sondagem, inflamação gengival e complicações biológicas e mecânicas foram semelhantes para as duas linhas de terminação. A técnica BOPT obteve melhores resultados no que respeita a estabilidade da margem gengival (recessões), o sangramento à sondagem foi superior nas preparações BOPT. Os implantes BOPT obtiveram uma menor perda óssea comparados com os convencionais.
Concluindo, a utilização desta técnica melhora a saúde e estabilidade dos tecidos moles e duros, mas são necessários mais estudos a longo prazo comparando as duas técnicas.