Avaliação da determinação do comprimento de trabalho recorrendo a 3 métodos distintos: localizador eletrónico apical, CBCT e radiografia digital com placas de fósforo.
Resumen
Objetivo: O objetivo principal deste estudo foi avaliar se existem diferenças estatisticamente significativas na determinação do comprimento de trabalho entre os diferentes métodos: localizador eletrónico apical, CBCT e radiografia digital com placas de fósforo.
Material e Métodos: Foi utilizada uma amostra homogénea de 60 dentes caninos hígidos, monorradiculares e de canal único e o comprimento de trabalho foi determinado através dos diferentes métodos utilizando como medida controlo o comprimento eletrónico. Foi determinado também o comprimento real do canal tornando possível a comparação dos três métodos em estudo com essa medida.
Resultados: Foram detetadas diferenças estatisticamente significativas entre os três métodos nos intervalos 0 (p<.001), ±0,1 (p<.001) e ±0,5 mm (p<.001), nomeadamente por superestimação do método radiográfico. No entanto, quando avaliados num limite de erro superior de (±1mm) não se verificaram diferenças (p=0.625), sugerindo que, neste limite, os três métodos são igualmente eficazes. Para além disso, o EAL foi o método que mais se aproximou do CT REAL.
Conclusões: De forma a obter resultados mais precisos na determinação do comprimento de trabalho, sugere-se a utilização combinada do método eletrónico com o radiográfico. Na presença de um CBCT já disponível, as suas imagens podem ser aproveitadas para a determinação do comprimento de trabalho substituindo as radiografias periapicais, no entanto a aquisição de um novo CBCT especificamente para determinação do CT no tratamento endodôntico não é recomendada. Objective: The main objective of this study was to evaluate whether there are statistically significant differences in working length determination between the different methods: electronic apex locator, CBCT and digital radiography with phosphor plates.
Material and Methods: A homogeneous sample of 60 healthy, single-rooted, single-canal canine teeth was used, and the working length was determined by the different methods using the electronic length as a control measure. The real length of the root canal was also determined, making it possible to compare the three methods under study with this measurement.
Results: Statistically significant differences between the three methods were detected in the 0 (p<.001), ±0.1 (p<.001) and ±0.5 mm (p<.001) intervals, namely due to overestimation of the radiographic method. However, when evaluated at an upper error limit of (±1mm) there were no differences (p=0.625), suggesting that at this limit, the three methods are equally effective. Furthermore, the EAL was the method that most closely matched the REAL CT.
Conclusions: In order to obtain more precise results in the determination of the working length, it is suggested the combined use of the electronic and radiographic methods. In the presence of a CBCT already available, its images can be used for working length determination replacing periapical radiographs, however, the acquisition of a new CBCT specifically for CT determination in endodontic treatment is not recommended.