Técnicas não farmacológicas de controlo comportamental em odontopediatria. Uma revisão sistemática

Abstract

Introdução: É de extrema importância o estudo de técnicas de controlo comportamental não farmacológicas; pois quando o médico dentista consegue melhorar o comportamento disruptivo e alcançar aceitação para a realização de tratamentos dentários conseguirá reduzir a crença de que o consultório dentário é um ambiente no qual se pressupõe medo, ansiedade e dor.

Objetivo: Definir e avaliar a eficácia das técnicas de controlo comportamental em odontopediatria, comparando-as.

Materiais e métodos: Formulou-se uma questão de investigação segundo a estratégia PICOS e orientação PRISMA. A pesquisa nas bases de dados: PubMed e EBSCO utilizou combinações de palavras-chave, e incluiu artigos entre 2013 e 2023 em Inglês.

Resultados: 21 artigos cumpriam com todos os critérios de elegibilidade. A aplicação de técnicas de controlo comportamental mostrou-se bastante eficaz para lidar com a ansiedade e medo em medicina dentária.

Discussão: Reconhecer sinais de ansiedade e dor durante o tratamento dentário e aplicar técnicas para lidar com estes, ao mesmo tempo que se estabelece um vínculo de confiança entre a criança, a sua família e o profissional de saúde, pode promover experiências positivas durante o tratamento e garantir a colaboração do paciente.

Conclusão: O odontopediatra deve levar em consideração a gama de desenvolvimento intelectual e emocional, bem como aos diferentes temperamentos e atitudes das crianças, ao estar atento às suas necessidades especificas. Todos estes fatores desempenham um papel crucial na escolha da técnica mais benéfica, garantido um tratamento personalizado e adequado a cada criança.

Introduction: It is extremely important to study non-pharmacological behavioral control techniques; because when the dentist is able to improve disruptive behavior and achieve acceptance for dental treatments, he will be able to reduce the belief that the dental office is an environment in which fear, anxiety and pain are assumed.

Objective: To define and evaluate the effectiveness of behavioral control techniques in pediatric dentistry, comparing them.

Materials and methods: A research question was formulated according to the PICOS strategy and PRISMA orientation. Database search: PubMed and EBSCO matched keywords, and included articles between 2013 and 2023 in English.

Results: 21 articles that met all eligibility criteria were included. The application of behavioral control techniques proved to be quite effective in dealing with anxiety and fear in dentistry.

Discussion: Recognizing signs of anxiety and pain during treatment and applying techniques to deal with them, while establishing a bond of trust between the child, his family and the health professional, can promote positive experiences during treatment and ensure patient compliance.

Conclusion: The pediatric dentist must take into account the range of intellectual and emotional development, as well as the different temperaments and attitudes of children, while being attentive to their specific needs. All these factors play a crucial role in choosing the best technique, ensuring personalized and appropriate treatment for each child.