Oximetria de pulso - Diagnóstico pulpar em dentes íntegros Estudo Clínico
Abstract
INTRODUÇÃO: Os testes mais utilizados para avaliar a saúde pulpar na prática clínica diária são os testes de sensibilidade pulpar que dependem da estimulação de fibras nervosas. A vitalidade do tecido pulpar depende do suprimento sanguíneo e não da resposta nervosa. Isso levou ao desenvolvimento de testes alternativos e não invasivos para monitorizar a vascularização da polpa como a oximetria de pulso.
OBJETIVO: Avaliar o estado real da polpa através da medição da saturação de oxigénio de forma a comprovar a eficácia do oxímetro de pulso em comparação com os testes de sensibilidade.
MATERIAIS E MÉTODOS: Foram avaliados 124 dentes anteriores, de 31 indivíduos com média de 24.5 anos de idade. Incluímos apenas dentes saudáveis, sem qualquer tipo de restauração, tratamentos endodônticos ou anomalias.
RESULTADOS/DISCUSSÃO: Neste estudo, temos um total de 105 dentes vitais e 19 dentes que necessitam de tratamento. Através do oxímetro de pulso e do teste elétrico 5 dentes foram classificados como necrosados. A curva ROC indica que a área sob a curva para a saturação de oxigénio foi muito pequena (33,7%), o que sugere que essa não é uma variável adequada para avaliar a condição dos dentes. Houve ausência de concordância entre as saturações de oxigénio avaliadas no dedo e no dente.
CONCLUSÃO: Existem ainda desafios a serem superados para a aplicação clínica do oxímetro de pulso no diagnóstico pulpar. É necessário realizar mais estudos in vivo para avaliar os níveis de saturação de oxigénio da polpa dentária em diferentes estágios e considerar uma amostra mais ampla de pacientes. INTRODUCTION: The most used tests to assess pulpal health in daily clinical practice are pulp sensitivity tests that rely on the stimulation of nerve fibers. The vitality of the pulp tissue depends on the blood supply rather than the nerve response. This has led to the development of alternative and non-invasive tests to monitor pulp vascularization, such as pulse oximetry.
OBJECTIVE: To evaluate the actual state of the pulp by measuring oxygen saturation to verify the effectiveness of pulse oximetry compared to sensitivity tests.
MATERIALS AND METHODS: A total of 124 teeth from 31 individuals with an average age of 24.5 years were evaluated. Only healthy teeth were included, regardless of any type of restoration, endodontic treatment, or anomalies.
RESULTS/DISCUSSION: In this study, we have a total of 105 vital teeth and 19 teeth requiring treatment. Using pulse oximetry and electric tests, 5 teeth were identified as necrotic. The ROC curve indicated a very small area under the curve for oxygen saturation (33.7%), suggesting that it is not a suitable variable for evaluating tooth condition. There was no agreement between oxygen saturations evaluated in the finger and the tooth.
CONCLUSION: There are still challenges to be overcome for the clinical application of pulse oximetry in pulp diagnosis. Further in vivo studies are needed to evaluate oxygen saturation levels in dental pulp at different stages and consider a broader sample of patients.