Forças ortodônticas originadas na expansão maxilar: Ancoragem esquelética VS Ancoragem dentária uma revisão sistemática
Abstract
Introdução: A expansão maxilar procura estabelecer a dimensão transversal esquelética em
crianças ou adultos, através de movimentos ortodônticos, ortopédicos ou combinação de ambos. A
força de expansão para separação das extremidades ósseas da sutura palatina mediana pode causar
vestibularização dos dentes posteriores e deflexão alveolar.
Objetivo: Analisar e comparar, os efeitos esqueléticos e dentários, no tratamento da discrepância
maxilar transversal, pela distribuição de tensões e deslocamento no complexo craniofacial,
durante a ativação dos aparelhos de expansão.
Material e métodos: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica na base de dados Medline/ Pubmed
com as seguintes palavras-chave em conjugação ou individuais para a pesquisa: “MARPE”,
“Hyrax”, “Hyrax expander”, “RME”, “Skeletal disjunction”, “Dentoalveolar expansion”, tendo
selecionado 13 artigos científicos dos 72 encontrados sobre o respetivo tema.
Resultados: Existe expansão maxilar significativa tanto com o uso de aparelho de expansão
SARPE, MARPE como convencional. Constatou-se que o aparelho convencional requer
cooperação dos pacientes ou seus responsáveis para a sua devida ativação, enquanto que o
MARPE pode ser utilizado em qualquer idade minimizando os efeitos indesejados e que este
último pode ser usado como alternativa ao SARPE, que é um tratamento mais dispendioso e que
exige hospitalização por parte do paciente.
Conclusões: Expansores com micro-implantes produzem maior aumento na cavidade nasal e
largura maxilar comparativamente aos convencionais.É necessário conhecimento da anatomia
óssea palatina e sutura palatina média para correto diagnóstico e planeamento da expansão
maxilar. Tanto o uso de MARPE como de expansores convencionais tiveram efeitos dentários
semelhantes e forma e tamanho do arco maxilar semelhantes. MARPE e SARPE consideram-se
técnicas de tratamento eficazes em pacientes esqueleticamente maduros, no entanto, MARPE
apresenta menos riscos associados e um custo mais reduzido em comparação ao SARPE.
Contudo, ainda não há consenso das forças ótimas e qual a direção sobre as quais as mesmas
devem ser aplicadas, de modo a originar as deformações necessárias nas estruturas de suporte
para se obter o movimento pretendido, a qual ajudaria a minimizar os efeitos adversos.