SOBREVIVÊNCIA DOS IMPLANTES EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO II: Uma revisão sistemática integrativa

Abstract

Introdução: A Diabetes Mellitus tipo II é o tipo de diabetes mais comum, representando mais de 90% de todos os casos de diabetes. Dado que a taxa de edêntulismo é duas vezes superior nestes pacientes, cada vez mais diabéticos tipo II optam pela reabilitação com implantes dentários. No entanto, a Diabetes Mellitus tipo II é reconhecida como um fator de risco para a cirurgia de implantes porque a hiperglicemia crónica tem impacto na saúde periodontal e peri-implantar. Objetivos: Avaliar a sobrevida dos implantes em pacientes diabéticos tipo II e pré-diabéticos tipo II, em comparação com pacientes não diabéticos, através da análise de parâmetros clínicos e radiográficos peri-implantares. Materiais e Métodos: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica na base de dados Pubmed. Segundo os critérios elegidos 24 artigos foram considerados relevantes. Resultados: Dos 259 artigos foram identificados 24. Os doentes com Diabetes Mellitus tipo II bem controlada apresentam taxas de sobrevida e parâmetros peri-implantares semelhantes aos dos indivíduos saudáveis e significativamente melhor do que pacientes com Diabetes Mellitus tipo II não controlados. Nos doentes pré-diabéticos tipo II, os resultados variam principalmente em função do nível médio de hemoglobina. Discussão: Para diminuir a inflamação gengival e evitar a doença peri-implantar, é crucial controlar os fatores de risco, como os níveis de glicose no sangue, manter uma higiene oral adequada e realizar consultas periódicas com o dentista. Conclusões: Os implantes dentários podem ser considerados como um método seguro de reabilitação oral em pacientes pré-diabéticos tipo II ou diabéticos tipo II, desde que sejam tomadas as devidas precauções.

Introduction: Type II diabetes mellitus is the most common type of diabetes, accounting for more than 90 per cent of all diabetes cases. Given that the rate of oedentulism is twice as high in these patients, more and more type II diabetics are opting for rehabilitation with dental implants. However, type II diabetes mellitus is recognised as a risk factor for implant surgery because chronic hyperglycaemia has an impact on periodontal and peri-implant health. Objectives: To evaluate implant survival in type II diabetic and type II pre-diabetic patients, compared to non-diabetic patients, by analysing peri-implant clinical and radiographic parameters. Materials and methods: A bibliographic search were carried out on the Pubmed database. According to the chosen criteria, 24 articles were considered relevant. Results: Out of 259 articles, 24 were identified. Patients with well-controlled type II diabetes have survival rates and peri-implant parameters similar to those of healthy individuals and significantly better than uncontrolled type II diabetic patients. In pre-diabetic type II patients, the results vary mainly according to the average haemoglobin level. Discussion: To reduce gingival inflammation and prevent peri-implant disease, it is crucial to control risk factors such as blood glucose levels, maintain proper oral hygiene and make regular visits to the dentist. Conclusion: : Dental implants can be considered a safe method of oral rehabilitation in pre-diabetic type II or type II diabetic patients, as long as the proper precautions are taken.