Polieteretercetona (PEEK) - como material alternativo para espigão e núcleo?
Abstract
Introdução: Os dentes tratados endodonticamente geralmente necessitam de serem reconstruídos com um sistema de espigão A opção de materiais que associem a estética, resistência e durabilidade surge o Polieteretercetona (PEEK), como alternativa na reconstrução neste tipo de tratamentos.
Objetivos: Avaliar os espigões de PEEK como uma alternativa na reconstrução de dentes tratados endodonticamente considerando a resistência à fratura, adesão e comportamento biomecânico em comparação com outros materiais.
Material e métodos: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica na base de dados PubMed (via National Library of Medicine) com as seguintes palavras-chave: “Flexural strength, cad cam, glass-fiber post, post and core technic, peek”. Após a aplicação dos critérios de elegibilidade foram considerados relevantes 13 dos 68 artigos encontrados.
Resultados: Os espigões de PEEK mostraram alta resistência a fratura, boa biocompatibilidade e melhor adesão com tratamentos superficiais. A aplicação de ácido sulfúrico melhorou a adesão dos espigões em PEEK. Comparados com Ni-Cr e fibra de vidro, tiveram fraturas reparáveis, embora de menor resistência que os metálicos. Os espigões de PEEK são efetivos em restaurações estéticas e reduzem o risco de fraturas radiculares. No PEEK reforçado com fibras de vidro verificou-se que as propriedades mecânicas melhoraram com o aumento da percentagem de fibras.
Conclusões: Os espigões de PEEK possuem resistência à fratura comparável aos materiais tradicionais, com modos de fratura reparáveis, boas propriedades mecânicas e adesivas, sendo eficazes em restaurações endodônticas e canais radiculares alargados.
No entanto, é essencial considerar o contexto específico do tratamento e as necessidades do paciente ao selecionar o material do espigão. Introduction: Endodontically treated teeth generally need to be reconstructed with a post/core system. The materials used must combine aesthetics, resistance and durability-arises with Polyetheretherketone (PEEK) as an alternative for reconstruction in these kind of treatments.
Objectives: To evaluate PEEK posts as an alternative in the reconstruction of endodontically treated teeth, have to be considered fracture resistance, adhesion and biomechanical behavior compared to other materials.
Material and methods: A bibliographic research was made using the PubMed database (via the National Library of Medicine) with the following keywords: “Flexural strength, cad cam, glass-fiber post, post and core technique, peek”. After applying the eligibility criteria, 13 of the 68 articles found were considered relevant.
Results: PEEK posts showed high fracture resistance, good biocompatibility and better adhesion with surface treatments. The application of sulfuric acid improved the adhesion of the PEEK posts. Compared to Ni-Cr and fiberglass, they had repairable fractures, although lower resistance than metallic ones. PEEK posts are effective in aesthetic restorations and reduce the risk of root fractures. In PEEK reinforced with glass fibers it was found that the mechanical properties improved with the increase in the percentage of fibers.
Conclusions: PEEK posts have fracture resistance comparable to traditional materials, with repairable fracture modes, good mechanical and adhesive properties, being effective in endodontic restorations and enlarged root canals.
However, it is essential to consider the specific treatment context and patient needs when-selecting post material.