CONSEQUÊNCIAS ORAIS NA ENTUBAÇÃO EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Abstract

INTRODUÇÃO: A entubação orotraqueal é um procedimento médico que visa estabelecer o controlo da permeabilidade da via aérea por meio da ventilação mecânica. Este é realizado diariamente nas unidades de emergência hospitalares e durante a sua execução podem acontecer diversas complicações orais inevitáveis, uma vez que a prioridade é a sobrevivência.

OBJETIVO: Conhecer a incidência das lesões orais na entubação numa situação de emergência.

MATERIAL E MÉTODOS: Efetuou-se uma pesquisa bibliográfica na base de dados Pubmed, utilizando palavras-chave e Mesh terms, resultando num total de 16 artigos selecionados. Tendo como critérios de inclusão estudos que relatassem interesse acerca da entubação orotraqueal e consequências orais aquando deste procedimento. Os critérios de exclusão focaram-se nos artigos na qual os participantes fossem pediátricos e não relatassem lesões orais após uma entubação orotraqueal.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O número de tentativas e o profissional que realiza o procedimento influenciam diretamente a qualidade e a quantidade de traumas na cavidade oral. A faixa etária e o género também impactam o número de lesões orais, com maior ocorrência no sexo masculino com idade média de 60 anos. As lesões dentárias mais frequentes foram avulsões, fraturas de coroa, subluxações e luxações, afetando, principalmente, os incisivos superiores, especialmente o dente 21.

CONCLUSÃO: As lesões orais na entubação de emergência são uma consequência comum durante a entubação de emergência e apresentam sequelas desde a gravidade simples e reversível até às sequelas de gravidade severa e irreversível.

INTRODUCTION: Orotracheal intubation is a medical procedure that aims to establish control of airway patency by means of mechanical ventilation. It is carried out on a daily basis in hospital emergency units and during its execution various unavoidable oral complications can occur, since survival is the priority.

OBJECTIVE: To understand the incidence of oral injuries during intubation in an emergency situation.

MATERIAL AND METHODS: A bibliographic search was carried out in the Pubmed database, using keywords and Mesh terms, resulting in a total of 16 selected articles. The inclusion criteria were studies that reported interest in orotracheal intubation and the oral consequences of this procedure. The exclusion criteria focused on articles in which the participants were pediatric and did not report oral injuries after orotracheal intubation.

RESULTS AND DISCUSSION: The number of attempts and the professional performing the procedure directly influence the quality and quantity of trauma to the oral cavity. Age and gender also have an impact on the number of oral injuries, with a higher occurrence in males with an average age of 60. The most frequent dental injuries were avulsions, crown fractures, subluxations and luxations, mainly affecting the upper incisors, especially tooth 21.

CONCLUSION: Oral injuries in emergency intubation are a common consequence during emergency intubation and have sequelae ranging from simple and reversible severity to severe and irreversible sequelae.