Potencial de utilização de células estaminais em endodontia regenerativa: Revisão sistemática integrativa

Abstract

Introdução: A endodontia regenerativa emerge como uma abordagem inovadora e promissora na busca por terapias que visam restaurar a função e a vitalidade dos tecidos dentários afetados por lesões. Esta abordagem revolucionária representa uma evolução significativa na prática convencional, que historicamente concentrou-se na remoção de tecidos danificados e na obturação do canal radicular com materiais inertes. Objetivo: O objetivo deste trabalho é compreender o meio pelo qual o complexo dentino-pulpar pode ser regenerado ou reparado de forma a analisar o estado atual e futuro da endodontia regenerativa em dentes permanentes com necrose pulpar Materiais e métodos: Foi realizada uma pesquisa no PubMed usando a combinação dos seguintes termos: “regeneração”, “regeneração endodôntica”, “terapia de canais radiculares”, “dentina”, “polpa dentária”, “polpa dentária necrosada”, “revitalização pulpar”, “humanos”, “células estaminais” e “transplante de células estaminais mesenquimais”. Foram incluídos artigos publicados entre 2013-2023. Resultados: Foram selecionados 14 artigos de acordo com os critérios de elegibilidade, de exclusão e inclusão pré-estabelecidos. Discussão: O tratamento endodôntico visa conservar as estruturas dentárias e cicatrizar tecidos danificados. A endodontia regenerativa busca recuperar o complexo polpa-dentina, utilizando células estaminais, scaffold e fatores de crescimento. A AAE definiu as guidelines de sucesso como: resolução dos sintomas, aumento das estruturas dentárias e resposta aos testes de vitalidade. Conclusões: O uso de células estaminais em endodontia regenerativa mostra-se promissor para preservar a vitalidade e formação tecidular, especialmente em dentes imaturos. Desafios existem, mas estratégias adequadas podem superá-los, tornando-a uma alternativa viável.

Introduction: Regenerative endodontics has emerged as an innovative and promising approach for the pursuit of therapies aimed at restoring the function and vitality of dental tissues affected by lesions. This groundbreaking approach represents a significant evolution from conventional practice, which historically focused on the removal of damaged tissues and root canal obturation with inert materials. Objective: This study aimed to understand how the dentin-pulp complex can be regenerated or repaired to analyze the current and future state of regenerative endodontics in permanent teeth with pulpal necrosis. Materials and methods: A search was conducted on PubMed using the combination of the following terms: "regeneration", "regeneration endodontics", "root canal therapy", "dentin", "dental pulp", "dental pulp necrosis", "pulp revascularization", "humans", "stem cell", and "mesenchymal stem cell transplantation", Articles published between 2013-2023 were included. Results: Fourteen articles were selected based on pre-established eligibility, exclusion, and inclusion criteria. Discussion: Endodontic treatment aims to preserve dental structures and heal the damaged tissues. Regenerative endodontics seeks to recover the pulp-dentin complex using stem cells, scaffolds, and growth factors. AAE has defined success guidelines as symptom resolution, increased dental structures, and response to vitality tests. Conclusions: The use of stem cells in regenerative endodontics shows promise in preserving vitality and tissue formation, especially in immature teeth. Challenges exist, but appropriate strategies can overcome them, making it a viable alternative.