Distress psicológico e factores nociceptivos associados à dor no enfarte agudo do miocárdio
Fecha
2010Autor
Rocha, Joaquim André Amaral Merino da
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Em estudos realizados em doentes com enfarte agudo do miocárdio (EAM) sobre a
dor isquémica, verificou-se que esta se correlaciona positivamente com a taxa de
mortalidade em ambos os sexos, o que evidencia a importância da investigação neste
campo. Contudo, apesar de existirem actualmente evidências científicas que associam
factores psicossociais como prognóstico do EAM, provavelmente por influenciarem a
intensidade da dor isquémica, verifica-se uma lacuna na investigação que relaciona este
fenómeno com o distress psicológico.
Desta forma, os nossos objectivos foram: a) avaliar a relação entre a localização e
extensão do EAM com a intensidade da dor isquémica; e b) verificar a associação do
distress psicológico à intensidade da dor isquémica. Para responder a tais propósitos, foi
utilizado um desenho metodológico descritivo correlacional transversal e retrospectivo,
sendo a amostra constituída por um total de 30 indivíduos. Os dados de cada doente foram
recolhidos entre 2 a 6 dias após o diagnóstico de EAM, nos cuidados intermédios do
serviço de cardiologia do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho. Os resultados
obtidos demonstram que a extensão e a localização do EAM não se associam com a
intensidade da dor. Constatou-se que o distress psicológico se correlaciona
significativamente com a mesma, revelando-se desta forma um factor a ter em
consideração na abordagem terapêutica destes doentes, uma vez que é assumido que a
intensidade da dor isquémica se correlaciona com a taxa de mortalidade dos doentes com
EAM.