INECO frontal screening(IFS): sensibilidade e avaliação breve do défice cognitivo ligeiro
Résumé
O envelhecimento da população, favorecido em parte pelo aumento da expectativa de vida, tem como consequência a afectação da actividade cognitiva e possíveis síndromes demenciais. Actualmente, acredita-se que existe uma fase intermédia entre o período de envelhecimento normal e a demência, designado de Défice Cognitivo Ligeiro (DCL).
Assim, e uma vez que, se esta fase for detectada atempadamente, pode antecipar uma intervenção, tornando-a mais eficaz. Surge a necessidade de procurar instrumentos mais sensíveis e específicos, para a investigação, que possam detectar, o mais cedo possível, uma alteração das faculdades cognitivas. Sendo este o objectivo do estudo, ou seja, verificar se um instrumento de caris frontal, o Ineco Frontal Screening (IFS) é mais sensível e específico na detecção do DCL, que um instrumento muito utilizado na averiguação de patologia cognitiva, o Mini Mental State Examination (MMSE).
Os resultados do estudo, permitem-nos perceber que ambos os testes distinguem pessoas sem patologia cognitiva, de pessoas com deterioração, contudo a análise das curvas ROC demonstram que apesar de o MMSE não ser o melhor teste na detecção do DCL, revela-se mais específico e mais sensível que o IFS.
Conclui-se deste modo, que o IFS é uma boa bateria de caris frontal, que pode ser conjugada com outras baterias que avaliam diversas áreas, mas que não é um bom instrumento na avaliação do DCL. Conclui-se também que não se revela um bom instrumento na avaliação de patologias que tenham outras alterações mais vincadas que não as frontais.