Estudo de prevalência dos sintomas neurológicos no pé do idoso
Résumé
O envelhecimento é um processo biológico universal e progressivo, por isso
as bases fisiológicas deveriam ser mais bem conhecidas (Ferrari, Santos et
al. 2006). O presente estudo teve por objetivo avaliar a prevalência dos
sintomas neurológicos do pé do idoso. Foram objetivos secundários:
relacionar a avaliação da sensibilidade superficial no pé do idoso com e sem
diabetes; verificar qual o dermátomo mais afetado em indivíduos com e
sem diabetes; relacionar a avaliação da sensibilidade vibratória no pé do
idoso com e sem diabetes; e relacionar a existência de dor em indivíduos
com e sem diabetes.
Realizou-se um estudo descritivo-correlacional no qual se avaliaram 195
idosos de 5 instituições diferentes. Procedeu-se à recolha de dados para a
inclusão e exclusão da amostra e, de seguida, iniciou-se a avaliação dos
sintomas neurológicos, nomeadamente, força muscular, reflexos,
sensibilidade superficial (dolorosa, térmica, táctil) e sensibilidade profunda
(vibratória e proprioceptiva).
Após a análise dos dados, através do SPSS®, considerou-se que a média de
idades era de 79 anos; 69,2% eram do sexo feminino; 64,6% eram
polimedicados; 69,8% eram pré obesos ou com obesidade tipo I; 36,9%
eram diabéticos, a maioria do tipo II; 47,7% apresentava dor. A maioria
apresentava grau 5 de força muscular e uma normorreflexia. Uma grande
percentagem tinha alteração na avaliação de sensibilidade superficial e uma
avaliação normal na sensibilidade profunda. Verificou-se uma proporção
significativamente diferente entre as avaliações da dor e sensibilidade
superficial e a existência de diabetes, mas não na sensibilidade vibratória.
Concluiu-se que alterações da sensibilidade superficial e dor se afirmam em
idosos diabéticos e não diabéticos. Já os músculos os reflexos e a
sensibilidade profunda não são motivos de alarme.