Gestão dos gases medicinais
Résumé
A passagem do gás medicinal e medicamento compete transfigurações no seio da comunidade hospitalar e deverá ser efectuada tendo em conta os patamares de exigência que um medicamento comporta, no seu controlo e gestão. Deve ser assim garantida a filosofia e a prática de gestão intrínseca a um sistema de gestão da qualidade, que envolve todos os que trabalham na organização, em que o intento final é o fornecimento de serviços / produtos satisfazendo as necessidades e expectativas dos clientes.
Neste sentido, recorreu-se a uma metodologia de investigação-ação por forma a conhecer a realidade do sistema de gestão de gases existente no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa. Após uma investigação através de entrevistas informais e revisão documental, direccionou-se o estudo para a gestão destes em vasilhame, tendo como finalidade a responsabilização desta aos serviços farmacêuticos, com recurso a um sistema de gestão da qualidade.
Assim, verificou-se que o gás medicinal continua a estar sob a alçada dos Serviços de Instalações e Equipamentos, apesar da alteração legislativa de 2006 e encontram-se carências ao nível dos registos e identificação do produto o que transforma a sua monitorização inexequível.
Para a implementação do modelo proposto, reestruturam-se atividades devidamente documentadas, geridas por processos, elaboraram-se impressos, permitindo registos e responsabilização e foi concebido o programa informático Sistema de Gestão de Gases Medicinais (SiGMM). Através deste, é possível a monitorização em tempo real do gás medicinal em vasilhame, o controlo de stocks, assim como, a sua aplicabilidade clínica, podendo eventualmente os Serviços Farmacêuticos estipularem, em função da viabilidade de tratamento, protocolos ou limitações de fornecimento. Finalmente a concretização do referido sistema promove a sua inclusão no contexto actual de controlo de custo, pois permite identificar quais são os recursos necessários para a prestação dos serviços, lavando as organizações a reinventar-se por forma a priorizar os recursos que geram mais valor