Mobilização precoce de doentes internados em cuidados intensivos: contributos na amplitude e força muscular da ariticulação coxofemoral
Resumo
O doente em Cuidados Intensivos pelo seu estado crítico encontra-se restrito ao leito. Como sabemos, a imobilidade condiciona alterações fisiologias e psíquicas deletérias. Assim, neste estudo, pretende-se perceber o contributo da aplicação de um programa de reabilitação precoce na manutenção da amplitude articular e força muscular ao nível da articulação coxofemoral, em doentes internados em Unidades de Cuidados Intensivos.
Para responder a este objetivo realizou-se um estudo exploratório/descritivo dos fenómenos observados ao nível da amplitude articular da coxofemoral e da força muscular da coxa após a aplicação de um programa de mobilização precoce. A descrição destes fenómenos efetuou-se pela análise quantitativa dos resultados obtidos semanalmente através da aplicação da escala de força muscular Medical Research Council e avaliação da amplitude articular.
Durante o período compreendido entre os meses de fevereiro e maio de 2012 foi possível aplicar este plano a uma amostra constituída por 20 utentes.
Observamos que, em média, as diferenças das amplitudes articulares entre a 1ª semana e a admissão dos diferentes movimentos, obtiveram um ganho variável entre 1,1 e 3,9 e entre a 2ª e a 1ª semana um ganho variável entre 2,4 e 4,6.
No que respeita à força muscular, observamos que os utentes ao longo dos dias evidenciaram em média, valores crescentes, sendo a média ao 1º dia de 3,33, ao 2º dia de 4,13 para n=15 e ao 3º dia de 4,64 e no 4º dia de 4,88 para n=8.
A aplicação do programa de mobilização definido neste estudo, demonstrou preservar a amplitude articular da coxofemoral e evidenciou benefícios na melhoria da força muscular da coxa, no entanto devido ao tamanho reduzido da amostra não é possível extrapolar resultados.