A influência da terapêutica de antipsicóticos típicos e atípicos na psicose esquizofrénica: a relevância nas funções executivas
Data
2012Autore
Carvalho, Pedro Emanuel Magalhães Lopes Moutinho de
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Este estudo pretende avaliar a influência das diferentes terapêuticas
psicofarmacológicas (administração de antipsicóticos típicos e atípicos) no tratamento
da Psicose Esquizofrénica ao nível das funções executivas, de forma a permitir o
estudo das mesmas tendo em conta os factores iatrogénicos que influênciam os
resultados das avaliações neuropsicológicas neste domínio.
Apesar de já existir investigação sobre este problemática, não encontramos na
revisão de literatura efectuada, nenhum estudo que recorresse à BADS (Behavioural
Assessment of the Dysexecutive Syndrome). Este instrumento de avaliação tem vindo
a ser considerado uma bateria de eleição para a avaliação do funcionamento
executivo, uma vez que esta prova se caracteriza por uma elevada validade ecológica.
Com a possível descoberta de diferenças significativas entre as diferentes
terapêuticas e efeitos subsequentes ao nível das funções executivas, este estudo
objectiva a identificação dos factores iatrogénicos das terapêuticas, de forma a
perceber a contaminação dos resultados, aquando da necessidade do estudo
neuropsicológico do comprometimento das funções executivas nestes doentes.
Para o efeito, recrutamos 41 participantes diagnosticados com psicose
esquizofrénica, estando 20 medicados com antipsicóticos típicos e 21 com
antipsicóticos atípicos.
Contrariamente às nossas expectativas, os resultados globais da BADS não
evidenciam diferenças significativas na comparação de grupos. Foram encontradas
apenas diferenças significativas residuais numa das seis sub-provas da BADS, entre
estes dois tipos de medicação quanto ao seu impacto no funcionamento executivo.