Viver com cardiopatia congénita (CC): ajustamento psicossocial e morbilidade psiquiátrica em adolescentes e jovens adultos
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Data
2013Autor
Pinto, Catarina Isabel de Carvalho
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Objetivos: avaliar a qualidade de vida (QV), a morbilidade psiquiátrica e o ajustamento psicossocial (AP) em adolescentes e jovens adultos com Cardiopatia Congénita (CC) e determinar quais as variáveis que desempenham um papel na prevenção do stress e promoção da resiliência e quais as que têm um efeito prejudicial; investigar o desempenho escolar, o suporte social e familiar, as limitações físicas e a imagem corporal destes pacientes. Métodos: o estudo envolveu 137 pacientes com CC (79 homens), com idades compreendidas entre os 12 e os 26 anos ( =17.60 ± 3.450 anos). Os participantes foram entrevistados sobre o apoio social, o estilo educacional da família, a autoimagem, a informação demográfica e as limitações físicas. Responderam, também, a questões de uma entrevista psiquiátrica estandardizada (SADS-L) e completaram os questionários de autorrelato para avaliação da qualidade de vida (WHOQOL-BREF) e do ajustamento psicossocial (YSR/ASR). Resultados: encontramos uma prevalência de psicopatologia de 19,7% nos nossos participantes (27.6% nas mulheres e 13.9% nos homens). 48% tiveram retenções na escola ( =1.61 anos + 0.82). A perceção da qualidade de vida dos pacientes é melhor em comparação com a da população portuguesa nos domínios físico, relações sociais e meio-ambiente. No entanto, esta perceção, é pior nas formas mais complexas de cardiopatia do que nas formas moderadas ou leves, em pacientes cianóticos versus acianóticos, com lesões moderadas ou graves versus lesões residuais leves, em pacientes submetidos a cirurgia versus não submetidos, em pacientes com limitações físicas versus sem limitações, e pacientes com necessidade de medicação versus os que não necessitam. O suporte social é muito importante na melhoria da qualidade de vida em todas as suas dimensões bem como no desempenho académico. Conclusão: Os pacientes do sexo feminino, pacientes com fraco desempenho académico e pior suporte social referem pior ajustamento psicossocial e pior qualidade de vida.