Estudo da morfologia condilar em pacientes com e sem deslocamento do côndilo, padrão esquelético e dentário
Resumo
Os deslocamentos condilares entre as posições mandibulares de relação cêntrica
e máxima intercuspidação são frequentes na população. Tem sido demonstrado
que o deslocamento condilar está frequentemente associado à posição dentária
de máxima intercuspidação, em pacientes com má oclusão e disfunção, havendo,
consequentemente, nalguns casos, remodelação e degenerescência condilares.
Objetivos:
O objetivo deste trabalho é verificar se a morfologia do côndilo está relacionada
com o padrão esquelético e dentário, numa população ortodôntica com e sem
deslocamento condilar.
Materiais e Métodos:
A amostra é constituída por 75 indivíduos de ambos os sexos com idades
compreendidas entre os 16 e os 55 anos que procuraram tratamento ortodôntico e
apresentavam dentição definitiva. Todos os indivíduos foram submetidos a uma
telerradiografia de perfil, uma radiografia panorâmica e a modelos de estudo. Os
deslocamentos condilares foram medidos nos dois planos de espaço (X e Z), por
meio de modelos montados em articulador semi-ajustável com registo da posição
condilar. Na ortopantomografia foram avaliadas seis medidas, duas horizontais
(LCC e LCoC) e quatro verticais (AR, ACC, AC e ACoC).
Resultados e conclusões:
Os resultados demonstraram que o deslocamento condilar e a assimetria dentária
não estão relacionados com as características morfológicas do côndilo. Quanto ao
padrão esquelético vertical, os pacientes hipodivergentes apresentaram a cabeça
do côndilo direito mais larga e mais alta e os pacientes com Classe II esquelética
apresentaram a altura do côndilo direito e o colo do côndilo direito diminuídos.
Através deste estudo foi possível verificar que as características morfológicas do
côndilo estão relacionadas com o padrão esquelético vertical e padrão esquelético
sagital.