Seleção de Cor
Resumo
Na Medicina Dentária, a seleção de cor representa um desafio para a grande
maioria dos profissionais. A determinação e a interpretação da cor baseiam-se na teoria
do pintor A.H. Munsell, desenvolvida no ano de 1898. Este autor defende que são três as
dimensões da cor: o matiz, a croma e o valor. Especificando cada uma destas dimensões,
pode-se referir que o Matiz- é determinado pelo comprimento de onda de luz refletida
pelo dente, sendo essa a sua cor base; a Croma- demarcada pelo grau de saturação da
Matiz, sendo considerada a sua intensidade; e o Valor- define o grau de luminosidade da
cor.
Estas dimensões estão presentes nos tecidos dentários como o Esmalte, a Junção
Amelo-dentinária e a Dentina. Entretanto, como a composição cromática do dente é
condicionada de modo significativo pela idade, é importante que exista uma classificação
da cor por um biótipo de idade: Jovem, Adulto e Idoso.
Na área da Estética Dentária a determinação da cor em restaurações diretas e
indiretas sempre foi um desafio. Acontece que a maioria dos profissionais de forma a
obter a seleção de cor, colocavam as amostras das escalas de cores diante dos dentes do
paciente, tentando identificar a olho nu qual a cor mais semelhante ao matiz, croma e
valor do dente que pretende reconstruir. Contudo, este método não é efectivo, sendo
incapaz de definir todos os traços que caracterizam e distinguem os dentes de cada
paciente. Na verdade, a seleção, a compreensão e a interpretação da cor são
fundamentais para a reconstrução estética do dente. O Médico Dentista deve aprender a
olhar não só para o dente como sendo um todo indissociável, mas sim como um órgão
constituído por diferentes camadas. Nos últimos anos, houve uma intensificação do
interesse nesta área, tendo-se verificado o desenvolvimento de diversas tecnologias que
permitem analisar, comunicar e verificar a seleção de cor, assumindo esse interesse como
um grande auxiliar para os profissionais.