Prescrição farmacológica em Odontopediatria
Resumo
Há uma diversidade de medicamentos utilizados em odontopediatria, estes desempenham
importantes funções, quer no tratamento de diversas patologias, como no cessar de vários
sintomas. O uso dos fármacos baseia-se em diversas informações no que diz respeito aos
mecanismos de ação, às indicações e contraindicações, à posologia e aos efeitos
secundários, para se obterem os melhores resultados com o mínimo de efeitos colaterais
para o paciente.
A prescrição de medicamentos em Odontopediatria deve ser mais minuciosa e prudente,
pois as crianças apresentam individualidades tanto a nível fisiológico como farmacocinético.
Por diversas vezes a prescrição é feita de forma inadequada. Isto deve-se ao facto da
utilização de fármacos cuja efetividade ainda não está comprovada e também por erros na
dose, no intervalo de administração e no tempo de uso.
“A criança não é um adulto em miniatura” e as variações em função da idade não são
ocasionadas apenas pela diferença de tamanho, mas por condições fisiológicas e
estruturais que se vão manifestando com a evolução do desenvolvimento. Essa imaturidade
morfológica, bioquímica, fisiológica e psicológica condiciona as suas diferenças com o
adulto, sendo mais acentuada quanto menos idade tiver a criança.
Na maioria das vezes, dá-se preferência às preparações líquidas e mais concentradas, que
podem ser administradas num volume menor pela dificuldade que estes pacientes têm em
deglutir comprimidos.
Existem fórmulas específicas para calcular a dose ideal a administrar à criança.
Os analgésicos e anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs) estão entre os medicamentos
mais utilizados por adultos e crianças, com ou sem prescrição por um profissional da saúde.
Na medicina dentária, os mais amplamente utilizados são os analgésicos, os AINEs e os
antibióticos, além dos anestésicos locais