Prevalência de perda dentária no paciente idoso atendido na Clínica Dentária do Instituto Universitário de Ciências da Saúde-Norte, no período de Maio 2015/2016
Resumo
Durante o crescimento e desenvolvimento, o ser humano atravessa diferentes etapas, que irão causar alterações a nível clínico, fisiológico, psicológico, assim como nutricional, de notável relação com a cavidade oral, sendo por isso necessário fazer uma análise criteriosa na última fase da vida, uma vez que, nesta faixa etária são frequentes a cárie dentária, a doença periodontal e a perda dos dentes.
Objetivos: Dar a conhecer a prevalência de perdas dentárias em pacientes da terceira idade, com 65 anos ou mais, atendidas na Clínica Dentária do Instituto Universitário de Ciências da Saúde-Norte, durante o período de maio 2015-2016, no que respeita à: identificação da peça dentária, o número, o local (osso mandibular ou maxilar), a idade e o género.
Resultados: Os idosos de género feminino com idades comprendidas entre os 65-70 anos apresentaram 518 dentes perdidos, sendo os molares maxilares as peça dentárias mais comprometidas.
Discussão: Atualmente, as mulheres e os homens nascidos entre os anos 1925-1951 apresentam poucos dentes na cavidade oral. Sussex PV et al-201023, referem que o edentulismo antigamente era considerado normal, livre de estigmas sociais, devido a uma enorme negligência no que respeitava aos cuidados de saúde oral, elevada influência financeira refletida nos tratamentos restauradores e ainda na escassa prevenção, que determinava um só padrão de cuidados, limitado à realização de exodontias.
Conclusão: De acordo com os resultados obtidos, a odontogeriatria é uma especialidade, na qual a saúde oral mantém uma forte relação com a qualidade de vida e a saúde em geral. Devemos apostar na prevenção da saúde oral, de forma a evitar perda dos dentes e proporcionar bem-estar, segurança, independência e qualidade na última fase da vida.