Tratamento da Roncopatia com Laser Er: YAG
Abstract
Roncopatia é um problema frequente entre a população. Ressonar resulta da vibração dos tecidos da orofaringe quando existe um colapso parcial das vias aéreas superiores. É uma condição que poderá ser um indicativo de desordens respiratórias.
Roncopatia tem como principais consequências a privação do sono, diminuição da concentração durante o dia, dores de cabeça frequentes, irritabilidade, podendo ainda estar associado a um risco aumentado de AVC e ataque cardíaco.
Os principais fatores que levam a uma maior tendência para esta condição são o excesso de peso, alcoolismo, sexo masculino e consumo de sedativos ou relaxantes.
O tratamento da Roncopatia pode envolver procedimentos cirúrgicos e não cirúrgicos, sendo que neste trabalho vamos dar a conhecer um tratamento não cirúrgico, não invasivo, indolor e sem necessidade de anestesia, o tratamento a laser Er: YAG, não ablativo.
Objetivos: Verificar a eficácia do tratamento a laser Er: YAG não ablativo no tratamento da roncopatia, bem como o grau de satisfação e redução do ressonar. Analisar também as características de qualidade de vida e existência de efeitos adversos ou complicações associadas ao tratamento.
Metodologia: O presente estudo foi realizado em 23 indivíduos, tendo os seguintes critérios de exclusão: menor de idade, gravidez, pacientes com patologias cardíacas, pacientes que não realizam as 3 sessões ou follow-up e pacientes não colaborantes. Foram realizadas 3 sessões por paciente com laser Er: YAG 2940 nm, com peça de mão PS04 com diâmetro de 7mm.
Resultados e Discussão: No estudo apresentado houve uma taxa de satisfação de realização do tratamento de 95,7% por parte dos pacientes. No final da primeira sessão houve uma redução do ressonar 45% e ao fim de 1 mês uma redução de 77,8%. Não foi necessária utilização de anestesia, nem foram verificados efeitos adversos nos pacientes.
Conclusão: O tratamento a laser Er: YAG não ablativo é uma opção de tratamento seguro, indolor, eficaz na redução do ressonar e bem aceite por parte do paciente. Teve também uma melhoria nas características de qualidade de vida analisadas, sendo uma alternativa aos métodos mais invasivos. No entanto são necessários mais estudos com longos períodos de seguimento clínico.