Avaliação cefalométrica da mordida aberta anterior em indivíduos adultos
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Data
2014Autor
Santos, Sandra Cristina Vilar da Silva
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A mordida aberta anterior é caraterizada por um ou mais dentes que não
alcançam o plano oclusal e não estabelecem contato com o seu antagonista. É uma
das más oclusões de maior comprometimento estético funcional, cuja etiologia é
multifatorial. Esta má oclusão é uma anomalia complexa e de difícil tratamento,
associada a maior parte das vezes a hábitos deletérios.
Objetivos: Avaliar a mordida aberta anterior nos pacientes hipodivergentes,
normodivergentes e hiperdivergentes através de uma análise cefalométrica. Comparar
os valores cefalométricos destes mesmos pacientes hipodivergentes,
normodivergentes e hiperdivergentes com o aumento ou diminuição do overbite e
avaliar a relação entre a mordida aberta anterior e o FMA.
Material e Métodos: Duma amostra de 600 pacientes, foram selecionados 120, dos
quais 60 pacientes sem mordida aberta anterior constituindo o grupo de controlo (GC),
e 60 pacientes com mordida aberta anterior constituindo o grupo de estudo (GE),
respeitando os critérios de inclusão e de exclusão. Os grupos foram constituídos por
pacientes adultos de ambos os géneros. Para selecionar a amostra utilizaram-se
telerradiografias de perfil e radiografias panorâmicas, ambas digitais. Os parâmetros
cefalométricos utilizados neste trabalho foram: altura maxilar, altura facial inferior,
plano palatino, overbite da análise Ricketts; FMA e IMPA da análise de Tweed; SNA,
SNB e ANB da análise de Riedel, altura do ramo, altura facial posterior, altura facial
anterior, ângulo goníaco, da análise de Jaraback; altura dentária maxilar anterior, altura
dentária maxilar posterior, altura dentária mandibular anterior e altura dentária
mandibular posterior da análise de Burstone.
Resultados e conclusões: A análise gráfica da amostra considerada indica uma
tendência para um maior número de mordida aberta anterior em hiperdivergentes. No
grupo de estudo não se encontraram pacientes hipodivergentes. A mordida aberta
anterior varia com o biótipo facial e com o género. Existe uma relação entre a mordida
aberta anterior e as alturas dentárias maxilar anterior e posterior, e mandibular anterior
e posterior, principalmente as da mandíbula.