Assepsia, esterilização e Covid-19 Um desafio para a prática odontológica
Résumé
A assepsia e a esterilização, que lutaram vitoriosamente contra a infeção, marcam, junto com a anestesia que livrou o paciente da dor, a etapa libertadora que permitiu à cirurgia atingir a precisão e segurança que apresenta hoje em muitos casos.
Realizamos aqui uma revisão da literatura publicada sobre assepsia e esterilização, de modo a relembrar e avaliar os meios de prevenção para o dentista/paciente devido à “crise epidémica da Covid-19”.
Efetuou-se uma pesquisa eletrónica na PUBMED/GOOGLE SCHOLAR/MEDLINE, usando uma combinação de diferentes termos científicos. A pesquisa (Pubmed) identificou 26282 estudos, dos quais 47 foram considerados relevantes para este estudo. A pesquisa (Google scholar) identificou 1424600 estudos, dos quais foram considerados 19. Esses estudos forneceram dados importantes, tendo em consideração os efeitos benéficos na luta contra a Covid-19. A revisão incluiu, finalmente, 66 artigos: estudos prospetivos, retrospetivos, e ensaios controlados aleatórios.
O ano de 2020/2021 marca o ano do desafio. A infeção no consultório, significa que o paciente tem que se curar duas vezes, requerendo tratamentos adicionais, causando custos acrescidos para as mesmas. Por outro lado, a infeção deve ser reconsiderada sob um novo ângulo devido à mudança da infeção na sua conceção: o paciente aparentemente saudável pode constituir hoje em dia uma fonte considerável de infeção (hepatite B, germes resistentes, infeção à Covid-19). Por este motivo, a assepsia parece ser uma disciplina à qual o Médico dentista deve atribuir grande importância, pois, em última análise, toda a pesquisa científica na nossa especialidade serve direta ou indiretamente para melhorar o tratamento dos nossos pacientes.