Relação entre má oclusão e degeneração da articulação temporomandibular. Uma revisão sistemática
Abstract
Introdução: A patologia degenerativa da articulação tempormandibular é gradual, progressiva, associada a trauma, sobrecarga, e eventos moleculares relacionados com a inflamação. É importante saber se a osteoartrose, osteoatrite ou distúrbio interno do disco têm relação com perda de homeostase oclusal.
Objetivos: Como objetivo principal com esta revisão sistemática integrativa pretende-se estabelecer relações causais da má oclusão com a degeneração da articulação temporomandibular.
Materiais e Métodos: Pesquisa nas bases de dados PubMed e Ebsco Host com as palavras-chaves: “temporomandibular joint derangement “; “temporomandibular joint osteoarthrosis”; “disc derangement” ; “condyle derangement”; “malocclusion”. Sendo considerados apenas os artigos de ensaios clínicos, casos e controles, estudos de coortes, estudos transversais e longitudinais, publicados nos últimos dez anos, em jornais e revistas científicas, e em língua inglesa.
Resultados: A pesquisa resultou em 478 artigos, dos quais foram selecionados 23 pela sua relevância para o trabalho.
Discussão: A alteração degenerativa da articulação temporomandibular está associada à classe III e classe II de Angle (esquelética e dentária), prognatismo, e a deslocamentos discais. Houve maior prevalência de osteoartrose, osteofitos e de achatamento condilar, em indivíduos com classe III de Angle.
Conclusões: Mudanças na oclusão providenciam a reabsorção no osso subcondral condilar e se elas foram abruptas, defeitos de oclusão podem ser estabelecidos, mesmo temporariamente, até que a articulação temporomandibular volte a compensar as alterações. Má oclusão estabelecida no tempo a produzir sobrecarga pode resultar em degeneração temporomandibular.