O emprego da cerâmica monolítica no aumento da dimensão vertical na reabilitação do desgaste dentário Uma revisão da literatura
Resumo
O objetivo deste trabalho foi efetuar uma revisão sistemática integrativa sobre as considerações clínicas relacionadas ao aumento da dimensão vertical de oclusão (DVO) com o emprego da cerâmica monolítica.
Foi realizada uma pesquisa eletrónica no PUBMED com os termos de pesquisa: tooth wear; dental restoration; dental prosthesis; occlusal vertical dimension, e dental porcelain, tendo sido selecionados 20 artigos, 4 dos quais por pesquisa manual.
A perda de estrutura dentária pode influenciar negativamente a DVO e afetar significativamente a função, o conforto e a estética do paciente. A erosão dentária é um grande desafio para o clínico no que respeita ao diagnóstico, identificação da etiologia, prevenção e execução de um tratamento adequado.
A obtenção de espaço protético com um aumento da dimensão vertical não superior a 5 mm é geralmente considerada segura e previsível.
A fratura da cerâmica estratificada é a falha mais frequente em restaurações colocadas em casos de desgaste dentário severo, sendo o bruxismo a etiologia mais relacionada e não estando ainda claro quais os materiais mais indicados para o tratamento destes pacientes. As coroas monolíticas, não tendo cerâmica de revestimento, apresentam menos complicações de chipping e fratura. Assim, o uso deste material pode ser uma estratégia para a reabilitação de pacientes com perda de DVO. Por outro lado, as propriedades estéticas monocromáticas e opacas das restaurações monolíticas de zircónia tornam este material esteticamente inferior comparativamente às restaurações estratificadas.
Serão necessários mais estudos para esclarecer as propriedades e limitações do aumento da dimensão vertical com o uso de cerâmicas monolíticas.