Impressão convencional vs Impressão com scanner em crianças com indicação para tratamento ortodôntico: impactos psicológicos
Resumo
Introdução: A mudança mais significativa na área odontológica nos últimos anos é, sem dúvida, o
desenvolvimento da odontologia digital. Os ortodontistas utilizam frequentemente modelos de gesso
para fins de planeamento do diagnóstico e tratamento, deste modo, uma impressão realizada com scanner
intraoral é considerada uma mudança significativa no tratamento dentário. Em ortodontia e
odontopediatria, as impressões são feitas para procedimentos de diagnóstico e tratamento, assim, com a
mudança digital pode-se esperar uma mudança completa no procedimento de moldagem, que é
considerada a pior experiência por pacientes e crianças. Além disso, o conforto dos métodos de
moldagem e o tempo que requerem são importantes, pois sabe-se que as crianças ficam mais stressadas
no encontro com o dentista do que os idosos/adultos, sendo que o tempo disponível na cadeira é mais
curto.
Objetivo: Este estudo tem como objetivo comparar os dois métodos de moldagem (scanner intraoral e
alginato) nas crianças, em relação aos seguintes fatores: conforto/desconforto, reflexo de vómito, stress,
medo do dentista, e preferência da criança em relação ao método utilizado, de forma que, no futuro,
consigamos optar pelo melhor método desde o início do tratamento, tornando a consulta de Medicina
Dentária numa boa experiência.
Materiais e Métodos: Para isso foi realizado um estudo em 30 crianças que realizaram os 2 métodos de
obtenção de modelos de estudo (Scanner intraoral e registo com Alginato), preenchendo 3 questionários
e registaram todas as sensações sentidas durante o procedimento e qual a sua preferência. Foi também
efetuada uma pesquisa bibliográfica em motores de busca eletrónicos, nomeadamente: PubMed, B-on e
Google Academic.
Conclusão: Apesar do interesse demonstrado pelas crianças em repetir as impressões com Alginato, este
estudo não foi conclusivo em qual dos processos traria menos consequências físicas e psicológicas para
as crianças, pois o tamanho da câmara intraoral do Scanner pode ter sido um fator decisivo para essa
escolha.