Outcome do tratamento endodôntico não cirúrgico vs microcirurgia endodôntica na periodontite apical em dentes definitivos
Fecha
2025Autor
Ramos, Ana Sofia Gouveia Ribeiro da Silva
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Introdução: A persistência da periodontite apical (PA) após o tratamento endodôntico inicial é um desafio clínico frequente. O retratamento, desta condição, passa por uma abordagem cirúrgica ou não cirúrgica. Ambas, visam eliminar a infeção e impedir a reinfeção a longo prazo. Porém, há divergências sobre qual oferece melhor prognóstico na erradicação da PA.
Objetivos: Comparar o sucesso de uma abordagem cirúrgica a uma não cirúrgica no retratamento endodôntico de dentes com periodontite apical.
Materiais e métodos: Realizou-se uma pesquisa eletrónica nas bases de dados PubMed e Science Direct, e selecionou-se os artigos de acordo com os critérios de elegibilidade préviamente estabelecidos.
Resultados: Dos 413 artigos selecionados foram incluídos e analisados em detalhe 7 artigos, que relataram o sucesso clínico e radiográfico de microcirúrgica endodôntica (MCE) e do retratamento endodôntico não cirúrgico (RTENC). Estes artigos consideraram fatores como idade do paciente, a presença de espigões, a presença e a extensão da lesão periapical e o tipo de material retrobturador.
Discussão: Os estudos relataram taxas de sucesso entre 56% e 80% para o RTENC, e entre 60% e 94% para a MCE para períodos de follow-ups entre 1 a 15 anos. Numa fase inicial, a MCE oferece uma resolução mais rápida, porem a longo prazo os resultados mostram-se comparáveis entre ambas.
Conclusão: Ambas as abordagens terapêuticas demonstraram-se altamente eficazes no tratamento da periodontite apical. Desta forma, a escolha terapêutica passa por uma consideração geral das necessidades individuais e das particularidades clínicas de cada paciente, sempre fundamentada nas evidências clínicas disponíveis. Introduction: The persistence of apical periodontitis (AP) after initial endodontic treatment is a frequent clinical challenge. Retreatment of this condition involves either a surgical or non-surgical approach. Both aim to eliminate the infection and prevent reinfection in the long-term. However, there is an ongoing debate about which method offers a better outcome prognosis for the resolution of AP.
Objectives: To compare the success of surgical versus non-surgical approaches in the endodontic retreatment of teeth with AP.
Materials and Methods: An electronic search was conducted in the PubMed and Science Direct databases, and articles were selected according to a predefined eligibility criteria.
Results: Of the 413 articles initially identified, 7 were included and analyzed in detail. These articles reported on the clinical and radiographic success of endodontic microsurgery (EMS) and non-surgical endodontic retreatment (NSER). The studies considered factors such as patient age, presence of posts, the presence and extension of the periapical lesion, and type of retrofilling material.
Discussion: The studies reported success rates ranging from 56% to 80% for NSER and from 60% to 94% for EMS, with follow-up periods ranging from 1 to 15 years. Initially EMS provides faster resolution; however long-term outcomes are shown to be comparable between both approaches.
Conclusion: Both therapeutic approaches have proven to be highly effective in the treatment of AP. Therefore, the therapeutic decision should be guided by a thorough assessment of the patient's individual needs and specific clinical conditions, based on the best available clinical evidence.