Indicadores psicométricose capacidade discriminativa do Montreal Cognitive Assessment. Estudo em indivíduos saudáveis e pacientes com esquizofrenia do Hospital Central de Huambo
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Date
2015-12-07Auteur
Chiungo, Celita dos Santos Samuel
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Introdução: Na província do Huambo existe um conhecimento insuficiente sobre a
esquizofrenia paranoide e enfermidades mentais. Muitas pessoas sofrem destes transtornos
devido a traumas pós-guerra, infeção por VIH, abuso de álcool e outras que provocam
desordens do comportamento. A avaliação do funcionamento neurocognitivo constitui um
aspecto fulcral na prática clínica, devido ao facto de este poder ser afectado no curso de
diferentes quadro clínicos. Neste sentido, a obtenção de algumas características
psicométricas do Montreal Cognitive Assessment (MoCA) numa amostra Angolana, revestese de grande importância
Objectivos: Determinar a validade de constructo através da consistência interna da prova,
assim como através das correlações entre as diferentes subprovas, assim como, entre as
subprovas e o total do MoCA. Estudar a influência de algumas variáveis individuais como,
a idade, o sexo, os anos de escolaridade e o tipo de profissão no desempenho do MoCA.
Determinar a validade discriminativa (sensibilidade e especificidade) do MoCA,
comparando os resultados obtidos pela amostra normativa com os resultados obtidos por um
grupo de pacientes com Esquizofrenia Paranóide.
Métodos: O MoCA foi aplicado a uma amostra de conveniência, constituída por 33
participantes organizados em dois grupos: Grupo Esquizofrenia Paranoide (EP) (n=8),
composto por indivíduos internados na unidade Psiquiatria do Hospital Central do Huambo;
Grupo controlo (n=25).
Resultados: O MoCA revelou uma boa consistência interna (α de Chronbach de 0,838),
reforçada por correlações significativas entre os seus subtestes e estes e o total da prova.
84,4% da variância no desempenho na prova foi influenciada pela idade e pela escolaridade
dos participantes. Para um ponto de corte de 7, o MoCA apresenta uma sensibilidade de
100% e uma especificidade de 50% para identificação de doentes com esquizofrenia.
Conclusões: Embora seja necessários estudos adicionais, o MoCA revela interessantes
características psicométricas com vista á sua utilização em Angola.