| dc.description.abstract | Este relatório é resultado do trabalho desenvolvido ao longo dos dois anos em que
decorreu o mestrado em Podiatria Clínica. Foi possível, com o estágio hospitalar e a
investigação, aprofundar conhecimentos, aprender novas abordagens e alargar os
horizontes desta doença que tem grande impacto a nível mundial: a Diabetes Mellitus.
A maior complicação da diabetes é a amputação não traumática, como tal a avaliação dos
pés constitui um passo fundamental na identificação dos fatores de risco que podem ser
modificados, o que, consequentemente, reduzirá as amputações do membro inferior,
reduzindo o risco de ulceração nas pessoas com diabetes. Estas úlceras estão
frequentemente localizadas em zonas do pé sujeitas a excessiva pressão, assim, aliviar a
pressão (descarga) na área ulcerada é essencial para o seu tratamento, de forma a evitar
novos traumas, reduzir a pressão e facilitar a cicatrização de feridas. A descarga deve, por
isso, estar presente no tratamento de todas as úlceras neuropáticas do pé diabético.
Pacientes diabéticos que perderam o “dom da dor” nem sempre estão motivados mas,
combinando um dispositivo eficaz e fácil de usar, que garanta a concordância do paciente,
associando-lhe os melhores cuidados de cura para as feridas, podem formar uma equipa
perfeita no tratamento das úlceras.
É imperativo que os pacientes com complicações do pé diabético sejam acompanhados
por uma equipa multidisciplinar no cuidado com os pés, onde o podologista pode proceder
a uma profunda avaliação para determinar o tratamento mais adequado a cada doente e
posteriormente efetuar avaliações periódicas para um acompanhamento criterioso.
Nesta linha de pensamento faz sentido um maior cuidado a estes doentes, justificando a
necessidade de consultas de Podologia frequentes em qualquer unidade de saúde. | pt_PT |
